Dados do Trabalho
Título
SÍNDROME DE CHILAIDITI - RELATO DE CASO
Introdução/Fundamentos
Introdução/Fundamentação: A síndrome de Chilaiditi se caracteriza como a interposição de uma alça intestinal entre o fígado e o diafragma. Foi descrita pela primeira vez por Demetrius Chilaiditi, em Vienna, sendo batizada com seu nome. É uma condição adquirida principalmente pela distensão intestinal por acúmulo de gases e aumento do peristaltismo do colón ascendente. Geralmente é assintomática, mas pode desencadear dor e distensão abdominal sendo necessária intervenção conservadora com tratamento sintomático, repouso em leito e dieta adequada. Foi estimada uma prevalência de 0,028%-0,25%, acometendo 4 homens para cada 1 mulher e com um leve aumento em idosos.
Objetivos
Objetivos: Relatar um caso de Síndrome de Chilaiditi atendido na emergência no estado do Rio Grande do Sul.
Caso
Caso: Paciente do sexo feminino, 63 anos, do lar e com importante limitação para deambular foi admitida em emergência médica acompanhada da irmã, relatando náusea, vômito, intensa dor abdominal e retroesternal que não aliviaram com o uso de analgésicos e antiespasmódicos simples usados em casa há 6 horas. Ao exame físico constatou-se abdômen globoso, tenso, doloroso a palpação profunda de todo andar superior, timpânico, sem sinais de irritação peritoneal, ruídos hidroaéreos normais e sem visceromegalias palpáveis. Apresentava murmúrio vesicular diminuído e taquipneia (24 incursões respiratórias por minuto). Na ausculta cardíaca evidenciou-se, taquicardia (126 batimentos por minuto), ritmo sinusal regular, em dois tempos e sem sopros ou atritos pericárdicos com pressão arterial 180/120 mmHg. Realizou-se eletrocardiograma que não apresentou traçado de doença coronariana aguda e as enzimas cardíacas foram negativas. Foram coletados demais exames laboratoriais: marcadores hepáticos e pancreáticos, eletrólitos e hemograma completo os quais se mostraram normais. Realizou-se tomografia computadorizada de tórax e abdômen que demonstrou acentuada elevação de hemicúpula frênica direita com eventração de alças intestinais para pulmão direito. Em virtude disso, foi mantido a paciente em soroterapia venosa com analgésico, antiemético e antiespasmódico intravenosos além de ansiolítico via oral. Após 12 horas a paciente apresentou alívio dos sintomas e foi liberada com orientação de acompanhamento ambulatorial.
Conclusões/Considerações finais
Conclusões/Considerações Finais: Embora rara e pouco conhecida, a síndrome de Chilaiditi pode ser detectada e teve seu correto manejo devido ao conhecimento prévio dos profissionais de saúde.
Palavras-chave
Síndrome de Chilaiditi
Área
Clínica Médica
Instituições
Universidade Federal de Sergipe - Sergipe - Brasil, Universidade Tiradentes - Sergipe - Brasil
Autores
JÚNIOR ANDERSON BALDIN, LAÍS BALDIN, MARIANA FONTES ANDRADE ALMEIDA, VICTOR BRUNO ANDRADE GRAÇAS, SONIA OLIVEIRA LIMA