15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

PANORAMA DAS INTERNAÇÕES POR INFLUENZA NOS ÚLTIMOS 10 ANOS NO BRASIL

Fundamentação/Introdução

A influenza ocorre em surtos distintos de extensão variável a cada ano. Esse padrão epidemiológico reflete a natureza mutável das propriedades antigênicas dos vírus influenza, e sua disseminação subsequente depende de múltiplos fatores, incluindo a transmissibilidade do vírus e a suscetibilidade da população, daí a importância da vacinação da mesma.

Objetivos

Analisar as internações no SUS para influenza nos últimos 10 anos no Brasil.

Delineamento e Métodos

Estudo descritivo ecológico utilizando dados relativos a internações para tratamento de influenza, coletados no Sistema DATASUS-TabNet, no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2018. Foram obtidos os dados de número total de internações, valor total, valor médio por internação, média de permanência hospitalar e taxa de mortalidade por região.

Resultados

A análise das internações do SUS no Brasil, num período de 10 anos, mostrou um número total de 264.611 internações por Influenza. Contribuindo com um custo total de 198.669.243,84 Reais aos cofres públicos, com um valor médio de internação de 750,80 Reais por paciente. Foi verificado um total de 9.320 óbitos, com uma taxa de mortalidade de 3,52. Observou-se que o maior número de internações ocorreu no ano de 2009 sendo 42.869 internações sendo o menor número de internações em 2018 de 19.158, enquanto que o maior valor médio por internação hospitalar foi observado em 2016 (802,63 Reais). Observou-se que a taxa de mortalidade variou bastante ao longo do período analisado, sendo de 3,33 em 2009 e de 3,93 em 2018. No que se refere às regiões do Brasil, as com maior número de internações e custos foram às regiões Nordeste e Sudeste, seguidas pelas regiões Sul, Norte e Centro-Oeste respectivamente, enquanto que a região sudeste apresentou a maior taxa de mortalidade do período analisado (5,43).

Conclusões/Considerações finais

Pela análise dos dados acima, sugere-se que o número de internações por ano ao longo do período analisado foi variável, entretanto apresentou um decréscimo do início do período estudado (17,38% das internações) em relação ao fim (7,76%). É justo inferir que isso está associado à melhora dos programas de vacinação e a melhor divulgação e créditos a campanhas de prevenção primária da influenza. A importância desse estudo está no fato de que ele mostra de forma simples a situação da influenza no Brasil nos últimos 10 anos. Sugere-se que sejam realizados estudos de forma longitudinal para melhor esclarecimento do tema, sendo analisado dessa forma com mais detalhes.

Palavras-chave

Vacinas contra Influenza; Pesquisa sobre Serviços de Saúde; Medidas em Epidemiologia;

Área

Clínica Médica

Autores

Lucas Rodrigues Mostardeiro, Guilherme Pitol, Rafaela Paulino, Vanize Priebe Sell , Acauã Ferreira Da Cunha