Dados do Trabalho

Título

ANALISE DO PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS CASOS CONFIRMADOS DE SARAMPO NO BRASIL NO PERIODO DE 2016 A 26 DE JULHO DE 2019

Fundamentação/Introdução

Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde o certificado de eliminação da circulação de sarampo. Entretanto, devido às migrações, sobretudo a entrada de imigrantes venezuelanos no país, associada à baixa cobertura vacinal nos estados e municípios, o Brasil experimenta surtos da doença em toda extensão territorial.

Objetivos

Descrever e analisar o perfil epidemiológico dos casos confirmados de sarampo no Brasil, tendo como fonte dados notificados no SINAN de janeiro de 2016 a 26 de julho de 2019.

Delineamento e Métodos

Estudo descritivo, transversal e retrospectivo, com dados secundários do Painel de Monitoramento de Sarampo da Secretaria de Vigilância em Saúde (http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/sarampo), notificadas no SINAN de janeiro/2016 a julho/2019 e coletados no mês de agosto/2019. Após, os dados foram tabulados com auxílio do software Microsoft Excel 2016® e submetidos à estatística descritiva.

Resultados

Foram registrados 10.908 casos no período estudado. Em 2019, os estados com maiores índices foram São Paulo, Rio de Janeiro e Pará com 646 notificações. Em 2018, 10.262 relatos foram registrados no Amazonas, em Roraima e no Pará. Nos anos de 2016-2017 não houve casos. Em São Paulo e no Amazonas as faixas etárias mais acometidas foram a de 20-29 anos, enquanto em Roraima a faixa etária mais acometida foi a de 1-4 anos. Paralelamente, segundo dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, em 2018, as coberturas administrativas para a dose 1 e dose 2 da vacina tríplice viral nos Estados com casos confirmados de sarampo estão abaixo da meta preconizada de 95%.

Conclusões/Considerações finais

Apesar de erradicado desde 1968, o Brasil enfrenta novos surtos de sarampo, sobretudo nas regiões Norte e Sudeste, sendo o ano 2018 o mais preocupante. A baixa cobertura vacinal associada às políticas públicas tímidas são fatores que contribuem para disseminação da doença e a tornam problema clínico relevante e re-emergente.

Palavras-chave

Sarampo; Doenças infectocontagiosas; Clínica Médica; Saúde pública. Epidemiologia.

Área

Clínica Médica