Dados do Trabalho
Título
Torção Testicular Pediátrica: Relato de Caso
Introdução/Fundamentos
Torção testicular (TT) é uma queixa comum na emergência pediátrica, afetando 3,8 entre 100.000 meninos – menos de 18 anos. A identificação é desafiadora na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e em caso de atraso ou erro de diagnóstico, pode levar à perda do testículo.
Objetivos
Este trabalho tem como objetivo relatar o caso de um paciente pediátrico com diagnóstico de TT. Entendemos que o reconhecimento clínico dessa patologia é essencial para guiar uma investigação otimizada e definir condutas precoces, já que um atraso no seu diagnóstico e tratamento poderá acarretar necrose testicular e perda do órgão acometido.
Caso
Paciente despertado por dor intensa, latejante, em região testicular com irradiação para hipogástrio. Associada a náusea, mas negou febre, trauma local, queixas urinárias ou atividade sexual. Atendido na UPA e transferido para o hospital de referência devido a quadro de escroto agudo com suspeita de TT. Exame físico: bolsa escrotal apresentado edema, hiperemia e testículo endurecido a esquerda. Sinais de Angell, Rabinowitz e Testis Redux positivos, Sinal de Prehn negativo. Eco Doppler demonstrando torção do cordão testicular esquerdo, e testículo ipisilateral apresentando-se sem fluxo ao Doppler colorido. Cirurgia realizada para distorção testicular.
Conclusões/Considerações finais
A situação mais difícil que surge com o escroto agudo pediátrico é o diagnóstico imediato. Não há um único teste definitivo disponível que possa excluir uma TT com segurança. O diagnóstico é amplamente baseado na história e nos achados clínicos, mas apenas 50% dos pacientes apresentam os sintomas clássicos completos. Retrospectivamente, foi aplicado um escore no paciente deste estudo, o qual apresentou uma pontuação máxima, numa escala de 0 a 7 pontos, sugerindo a exploração cirúrgica como conduta imediata, sem necessidade de exames de imagem diagnósticos, o que reduziria o tempo entre início dos sintomas e tratamento cirúrgico.
O grande objetivo do manejo da TT é evitar a perda testicular, o que requer um alto grau de precisão diagnóstica e pronta intervenção cirúrgica. O tempo de evolução está diretamente associado com a preservação testicular, assim, o médico deve ter conhecimento da patologia e agilizar o manejo, encaminhando para o serviço de referência quando necessário.
Palavras-chave
Torção Testicular, Pediatria, Urgência
Área
Clínica Médica
Instituições
Hospital Infantil Pequeno Príncipe - Paraná - Brasil, Universidade Positivo - Paraná - Brasil
Autores
Maria Helena Camargo Peralta Del Valle, Alan Tibério Dalpiaz Irigonhê, Alex William Chociai Da Rocha, Amanda Correia