15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Acidente vascular encefálico criptogênico em jovem: um relato de caso

Introdução/Fundamentos

A despeito do aperfeiçoamento das técnicas de investigação das etiologias dos acidentes vasculares encefálicos, uma parcela dos casos persiste com etiologia obscura apesar de exaustiva investigação, sendo denominados então como criptogênicos1. Autores sugerem que esses correspondem a cerca de 30% dos acidentes vasculares encefálicos.2

Objetivos

O presente caso reportou um homem de 21 anos que sofreu um acidente vascular encefálico cuja investigação etiológica não foi capaz de apontar o fator causal envolvido, sendo, portanto, considerado como criptogênico

Caso

Paciente, 21 anos, masculino, procurou emergência com queixa de vômitos e febre, iniciados há menos de um dia, além de confusão mental e déficit súbito de força à direita. Negava comorbidades, uso de drogas ou outros antecedentes relevantes. Ao exame, destacaram-se pontuação na escala de coma de Glasgow de 12 e paresia fasciobraquiocrural à direita. Foi solicitada então tomografia computadorizada de crânio sem contraste, que evidenciou imagem hipoatenuante acometendo o núcleo estriado à esquerda, além de hipoatenuação na porção posterior do giro do cíngulo. Foi realizada ainda Ressonância Magnética de Crânio que mostrou eventos vasculares isquêmicos em provável fase subaguda de evolução acometendo parte do território de irrigação da artéria cerebral anterior e também média esquerda, com sinais de transformação hemorrágica neste último. A angiorressonância de crânio não evidenciou alterações significativas. Durante internação foi realizado dupplex scan de artérias carótidas e sistema vértebrobasilar além de ecocardiograma transtorácico que não apresentaram alterações. Foi descartada a presença de trombofilias ou vasculites e o ecocardiograma transesofágico evidenciou patência de forame oval, porém, sem trombos aderidos ou intracavitários visíveis.

Conclusões/Considerações finais

A investigação etiológica dos acidentes vasculares encefálicos em jovens é fundamental, porém muitos acabam sendo considerados criptogênicos3. No caso em tela apresentado neste relato, a única alteração encontrada na investigação foi a presença de forame oval patente, porém, tal achado isolado não foi suficiente para definir como um caso de oclusão vascular cardioembólica, principalmente pela manifestação atípica do acidente vascular encefálico, em diferentes territórios arteriais.

Palavras-chave

Forame oval, Acidente vascular encefálico, AVC criptogênico

Área

Clínica Médica

Instituições

Unifenas - Minas Gerais - Brasil

Autores

Priscila Capeli Rodrigues, Júlio César Tavares Pereira , Iara Baldim Rabelo, Jéssica Daniela Marques, Diva Helena Ribeiro