15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO: SARCOMA DE KAPOSI

Introdução/Fundamentos

INTRODUÇÃO: O sarcoma de Kaposi (SK) é um tumor mesenquimal que acomete os vasos linfáticos e sanguíneos, mais comumente na pele, podendo também ser encontrado em diversos órgãos. Causado pelo vírus da herpes tipo 8 (HHV-8) consiste em uma neoplasia definidora da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). A epidemiologia revela que o tumor é mais frequente em homens homossexuais ou bissexuais, caracterizando uma doença rara em pessoas com o sistema imunológico integro.

Objetivos

OBJETIVOS: Revisar o manejo de paciente com Sarcoma de Kaposi, por meio de relato de caso utilizando prontuário do paciente e revisão bibliográfica.

Caso

CASO: Paciente feminina, de 54 anos, parda, previamente hígida que apresenta lesão de coloração violácea localizada no dorso (2,2cm), há cerca de três anos com crescimento e prurido recentes. No serviço de dermatologia, foi realizado ressecção da lesão. A anatomia patológica caracterizou a lesão como uma proliferação vascular, com atipias endoteliais moderadas, realizando diagnostico de sarcoma de Kaposi. Foi sugerido a realização de anti-HIV devido aos múltiplos parceiros que a paciente apresentou, sendo o resultado positivo. Como conduta, a paciente foi encaminhada para acompanhamento infectológico.

Conclusões/Considerações finais

CONSIDERAÇÕES FINAIS: O sarcoma de Kaposi é um câncer que se desenvolve no tecido conjuntivo, como a cartilagem, o osso, a gordura, o musculo e os vasos sanguíneos. A proliferação de células fusiformes e endoteliais, o extravasamento de eritrócitos, macrófagos com hemossiderina e infiltrado de células inflamatórias são os principais achados desta neoplasia, os quais foram detectados na paciente. O tratamento para SK consiste considera a extensão a lesão e o estado imune do paciente, e consiste no uso de radioterapia, quimioterapia e fotocoagulação a laser de argônio. Evita-se tratamento que possam suprimir o sistema imune e tornar o paciente mais suscetível as infecções oportunistas. O SK apresenta prognostico com taxa de sobrevida de 5 anos para 72% dos pacientes e a maioria dos óbitos decorre de complicações da imunossupressão. O tratamento do HIV é uma parte essencial do tratamento do SK em pacientes que vivem com HIV.

Palavras-chave

Sarcoma de Kaposi, Relato de Caso

Área

Clínica Médica

Autores

Raíssa Bica de Moura, Júlia Tamanho Boeira , Christiane Auwaerter, Júlia Franke Hartmann, Dennis Baroni Cruz, Giovana Cossul