15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Pneumonia Eosinofílica, um relato de caso

Introdução/Fundamentos

As Pneumonias Eosinofílicas (PE) compreendem um quadro de patologias pulmonares atípicas, pela sua raridade, e etiopatogenia pouco conhecida. São divididas em Primária ou Idiopáticas, geralmente relacionadas à atopias como Asma, Rinite; e em Secundária ou Extrínsecas, relacionadas às infecções parasitárias (ciclo pulmonar de Loss), agentes tóxicos ou fármacos.

Objetivos

Discutir a doença em questão, abordando a prevalência e os possíveis meios de diagnósticos e tratamento adotado durante a evolução do caso.

Caso

D.M.B, 74 anos, sexo feminino, procedente de Goiânia-GO, Asmática e ex-tabagista carga 20 anos.maço, com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, em uso de FOSTAIR® (Beclometasona/ Formoterol); Osteoporose em uso de Risendronato; e Glaucoma em uso de colírio de Timolol/Brimodina. Refere que há 3 meses iniciou o quadro de esforço respiratório e dispneia aos moderados esforços associados a tosse produtiva. Nega mialgia, febre, sudorese noturna.
Ao exame físico: Bom estado geral, lúcida e orientada em tempo e espaço, Hipocorada +/4, Hidratada, Anictérica, Acianótica.
Aparelho Respiratório: Tórax Rude, com expansibilidade diminuída, frêmito tóraco-vocal diminuídos. Ausculta com roncos difusos e sibilos expiratórios.
SpO2: 96% ao ar ambiente, Frequência cardíada: 95 bpm, frequência respiratória: 15 irpm.
Hemograma- Hemoglobina: 13,3/ Hematócrito: 41,6/ Leucócitos: 8.100 - Neutrófilo: 40% - 3240/ Bastão: 2% - 162/ Eosinófilos 30% - 2430/ Linfócitos: 25% - 2025/ Monócitos 5% - 405/ Plaquetas: 313.000.
-Coprocultura: Negativa.
-Lavado Bronco-Alveolar (LBA): predomínio de Eosinófilos (57%).
-Raio-x de Tórax: Com opacidade heterogênea difusa em vidro fosco.
-Tomografia Computadorizada: Consolidação Bilateral, em regiões periféricas e broncograma aéreo difuso.
Sendo assim dado o diagnostico de PE Idiopática e iniciado tratamento com corticoterapia: Prednisolona 40mg 1x/dia por 1 mês, posteriormente 30mg por mais 2 mêses e no mês seguinte 20mg por 1 mês, sendo em seguida feito o desmame devido do corticosteroide.

Conclusões/Considerações finais

Para o diagnostico e tratamento exige-se muito em suspeição e direcionamento, pois se baseia em um padrão clinico e radiológico, associado a eosinofilia alveolar e/ou sanguínea (>25%) e que tem uma boa resposta a corticosteróides, excluindo os casos de PE secundaria.
A PE idiopática é uma doença de prevalência masculina e tem ratio homem: mulher de 2:1 e que embora tenha uma notória amostra eosinofílica no (LBA), nem sempre ao exame periférico haverá essa exacerbação.

Palavras-chave

Pneumonia. Eosinofílica. Corticosteroides.

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIRV - Goiás - Brasil

Autores

Marcos Teixeira Lemes Junior