15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Tumor Sincrônico de Cólon e Duodeno- Relato de Caso

Introdução/Fundamentos

O câncer colorretal, é considerado uma doença multifatorial e de etiologia complexa. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil estima-se 17.380 casos novos de câncer de cólon e reto em homens e 18.980 em mulheres até 2019. É considerado o terceiro tumor mais frequente em homens e o segundo em mulheres no Brasil e na região Sul respectivamente.
A presença de mais que uma lesão maligna colorretal é classificada de acordo com o período de surgimento. Tumor sincrônico é definido como duas ou mais neoplasias identificadas simultaneamente no mesmo paciente ou um segundo tumor identificado no período de 6 meses após o diagnóstico.
Estima-se que a incidência global de tumores sincrônicos variam entre 2 a 10%. Evidências tem demonstrado sua origem de uma combinação de fatores ambientais, genéticos, bem como de doenças predisponentes.

Objetivos

Embora raros, tumores sincrônicos são descritos por alguns autores.
O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de tumor sincrônico de cólon e duodeno e correlacionar com a literatura.

Caso

A.S.M, 41 anos, masculino, branco, natural e procedente do município de Lages/SC.
Diagnóstico através de colonoscopia em julho de 2018 de adenocarcinoma em cólon ascendente, submetido a colectomia em agosto do mesmo ano. Avaliado por equipe de Oncologia Clínica, com indicação de quimioterapia adjuvante por 6 meses .
Em setembro de 2018, paciente apresenta episódios esporádicos de sangramento digestivo baixo, compatível com melena sendo realizado endoscopia digestiva alta com evidência de adenocarcinoma invasivo ulcerado de duodeno.
Suspenso tratamento quimioterápico para novo estadiamento e definição de tratamento do novo tumor encontrado.

Conclusões/Considerações finais

Em concordância com a literatura, o paciente apresentou diagnóstico de neoplasia de duodeno num intervalo inferior a 6 meses do diagnóstico do tumor primário de cólon. Segundo os critérios de Warren e Gates, tumores sincrônicos são aqueles que não podem ser considerados metástases, invasão ou recorrência do primeiro tumor, tendo como intervalo entre o diagnóstico do segundo primário menos que seis meses.
CONCLUSÃO
Este relato de caso demonstra que embora os tumores sincrônicos colorretais sejam reconhecidos como uma entidade significativa em nível clínico e molecular; sua apresentação clínica, fatores patológicos e prognóstico permanecem ainda controversos. Essa dificuldade para avaliação pode ser relacionada com sua baixa prevalência.

Palavras-chave

neoplasia sincrônica, neoplasia de cólon, neoplasia de duodeno

Área

Clínica Médica

Autores

Louísse Tainá Tormen, Luana Limas Souza, Jessica Santos Pereira, Leticia Olivia Cericato, Marcelo Antonio Ceron, Sargeele Silva