15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

SÍNDROME DE SWYER-JAMES-MACLEOD: RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

A síndrome de Swyer–James–MacLeod é uma doença rara definida por hipertransparência pulmonar unilateral na radiografia de tórax, associada a acometimento da trama vascular e represamento de ar. É complicação pós-infecciosa de uma afecção do trato respiratório durante a infância, geralmente antes de sua maturação completa, resultando em hiperinsuflação compensatória contralateral ao pulmão afetado.

Objetivos

Relatar caso de síndrome de Swyer-James-MacLeod em uma clínica do extremo sul catarinense.

Caso

K.D., feminina, 20 anos, natural e residente de Criciúma. Apresenta-se ao ambulatório de pneumologia com queixas de dispneia em repouso diária, despertares noturnos, tosse seca e desconforto retroesternal. Durante investigação de história mórbida pregressa, constatou-se diagnóstico prévio de agenesia pulmonar esquerda e pulmão direito vicariante, tendo a paciente já apresentado clínica de dispneia aos grandes esforços e tosse seca diária desde seu primeiro ano de vida, por provável infecção na infância. Após diagnóstico, paciente fez acompanhamentos periódicos com pneumologista para realização de exames de imagem e espirometrias de controle. Última tomografia (2015): pulmão direito normotransparente, coeficientes de atenuação normais ocupando parte de hemisfério esquerdo secundariamente a hipoplasia pulmonar esquerda, pulmão esquerdo com brônquio fonte único e suas ramificações em continuidade com lobo pulmonar único que ocupa 1/3 desse hemitórax e apresentando pequenas bandas parenquimatosas atelectásicas; coração completamente deslocado para esquerda ocupando cerca da metade inferior desse hemitórax. Sua última espirometria (2015) estava no limite da normalidade, com valores de volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) pré-broncodilatador de 82%, capacidade vital forçada (CVF) de 82%, VEF1/CVF de 89% e VEF1 pós-broncodilatador de 80%. Como opção de tratamento, foram prescritos corticoide inalatório e broncodilatador de longa ação, com aparente melhora dos sintomas. Há cerca de 8 meses, paciente interrompeu por conta própria uso de medicamentos com consequente deterioração de sua qualidade de vida. Atualmente, aguarda resultado de novos exames.

Conclusões/Considerações finais

Depreende-se da importância do reconhecimento dessa síndrome para correto diagnóstico e adequado tratamento, assim realizando a prevenção de infecções de repetição do trato respiratório e permitindo melhor qualidade de vida para os pacientes acometidos.

Palavras-chave

Pneumologia; Pulmões;

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Extremo Sul Catarinense - Santa Catarina - Brasil

Autores

Emilli Fraga Ferreira, Raul Emanoel Silva, Marcela Sachet Nuernberg, Suéllen Alberton Orben, Fábio José Fabrício De Barros Souza