15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

INVESTIGAÇÃO DOS EFEITOS ANTINOCICEPTIVO E ANTI-INFLAMATÓRIO DO EXTRATO DE PRÓPOLIS DA ABELHA NATIVA MELIPONA QUADRIFASCIATA EM CAMUNDONGO

Fundamentação/Introdução

Introdução: O termo inflamação traduz lesões teciduais com consequente liberação de mediadores celulares que auxiliam na reparação do dano. A nocicepção refere-se ao processamento e codificação de estímulos nocivos que geram sensação dolorosa. Busca-se, constantemente, substâncias com atividade antinociceptiva e anti-inflamatória, principalmente as de base natural, sendo a própolis grande destaque.

Objetivos

Objetivos: Avaliar o efeito antinociceptivo e anti-inflamatório dos extratos de própolis (metanólico EMB e hexânica FH) da abelha nativa Melipona quadrifasciata em camundongos.

Delineamento e Métodos

Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo que utilizou-se camundongos da espécie Mus musculus machos, autorizados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (nº 020/18) acondicionados a 22°C±2°C com um ciclo claro/escuro de 12h, com livre acesso à água e comida. No teste da placa quente, para análise da hiperalgesia térmica, os animais foram postos sobre superfície de metal a 50±1ºC, e mediu-se o tempo de latência (em segundos) para retirada da pata após o tratamento com própolis (100mg/Kg v.o.) e morfina (1mg/Kg s.c.), sendo comparados. No teste de edema de pata, aferiu-se o edema (mm) da pata posterior direita induzido por carragenina após o tratamento com própolis (100mg/Kg v.o.) ou dexametasona (0,5mg/Kg i.p.) em 0, 0,5, 1, 2 e 4h. Os resultados foram avaliados com o programa Graph Pad Prism 5.01, e exibidos como média ± erro padrão da média (E.P.M.), análise de variância (ANOVA) de uma e duas vias, seguido pelo teste pos-hoc de Student-Newman-Keuls.

Resultados

Resultados: Na Placa Quente, ambos os extratos não exibiram diferença significativa no tempo de latência quando comparados ao grupo veículo. Porém, revelaram diferença significativa contrapostos à morfina; portanto, confirma-se que a nocicepção não foi alterada pelos extratos neste ensaio. Ao analisar a medida da pata, o extrato FH apresentou diferença significativa, com redução de 11% e 12% nos tempos 0,5h e 2h, quando comparado ao veículo. O extrato EMB por sua vez, não mostrou diferença significativa quando comparado ao grupo veículo.

Conclusões/Considerações finais

Conclusão: O desenvolver dos processos inflamatório e nociceptivo incita estudos por novas substâncias que os combatam, como a própolis. Neste trabalho, observou-se que ambos os extratos não demonstraram, estatisticamente, efeito antinociceptivo. Ainda, quanto a redução de edema, o extrato FH foi significativamente efetivo.

Palavras-chave

Palavras-chave: própolis, extrato, inflamação, nocicepção

Área

Clínica Médica

Instituições

FURB - Universidade Regional de Blumenau - Santa Catarina - Brasil

Autores

Pedro Henrique de Almeida Francisco, Duanne Stollmeier Pandini, Caroline Valente, Débora Delwing, Murilo Cerutti