15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Hemibalismo–hemicoreia secundário a estado Hiperglicêmico hiperosmolar não cetótico

Introdução/Fundamentos

Quadro de uma paciente que iniciou com movimentos raros e involuntários do tipo Hemibalismo-hemicoreia à direita que cessavam apenas durante o sono, devido estado hiperglicêmico de difícil controle.

Objetivos

Relatar o caso de uma paciente, 85 anos, sexo feminino, diabética tipo 2 descompensada que iniciou com hiperglicemia, evoluindo com complicação neurológica rara de movimentos involuntários de Hemibalismo- Hemicoreia à direita. Elucidando a importância do diagnóstico precoce para tomar as devidas decisões terapêuticas de forma efetiva.

Caso

Paciente T.P.S., sexo feminino, 85 anos, natural de Marília – SP, foi atendida na Pronto Atendimento Zona Sul, onde foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva com sintomas de dispneia e sinais de desconforto respiratório, sendo diagnosticada com sepse de foco pulmonar. De comorbidades apresenta Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus tipo 2 e Insuficiência Renal Crônica. Durante o tratamento inicial voltado para a infecção pulmonar, a paciente apresentou associado um estado Hiperglicêmico-Hiperosmolar não cetótico. O que contribuiu para o surgimento de uma das complicações neurológicas da diabetes principalmente tipo 2 que são movimentos involuntários, uma das formas mais raras, do tipo hemibalismo-hemicoreia à direita de membro superior e inferior, que cessavam apenas durante o sono. Através dos exames laboratoriais confirmaram glicemia com uma variação de 624-204 mg/dl e pelo exame de ressonância magnética que apresentou atrofia cortical servindo como exclusão para outras etiologias, fizemos o diagnostico e tomamos as devidas decisões terapêuticas. A paciente permaneceu na enfermaria para controle rigoroso da glicemia com insulina, obteve melhora progressiva das discinesias cessando completamente em um período de 13 dias. Nesse caso foi introduzido neuroléptico como completo ao tratamento em doses minimas.

Conclusões/Considerações finais

Esse caso demonstra uma manifestação clinica do diabetes mellitus tipo 2, que pode provocar morbidade importante principalmente em idosos e enfatiza os benefícios do reconhecimento precoce e o tratamento efetivo. O prognóstico é bom, com o controle dos níveis glicêmicos sendo muitas vezes suficiente para a melhora do quadro, não precisando do uso de outras medicações como neurolépticos, benzodiazepínicos e antiepiléticos ou apenas em pequenas doses.

Palavras-chave

Diabetes Mellitus tipo 2; Coreia; Discinesias.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade de Marília - UNIMAR - São Paulo - Brasil

Autores

Amanda Artoni Pedrão, Giovana Nobrega Daher, Jeferson Santiago