15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

A IMPORTÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO DA NEUROPATIA AUTONÔMICA COMO COMPLICAÇÃO DO DIABETES MELLITUS TIPO 1

Fundamentação/Introdução

INTRODUÇÃO: No Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) ocorre uma destruição crônica das células β pancreáticas, por meio de mecanismos autoimunes. Tendo como uma de suas complicações crônicas a Neuropatia Autonômica Diabética (NAD), que apesar de estar associada com o aumento da morbimortalidade; ainda, permanece subdiagnosticada.

Objetivos

OBJETIVOS: Evidenciar a importância da investigação precoce da NAD em pacientes portadores de DM1.

Delineamento e Métodos

MÉTODOS: Trata-se de uma revisão literária que se utilizou de artigos científicos publicados no banco de dados do Scielo e no Jornal Europeu de Cardiologia Preventiva entre 2008 e 2015.

Resultados

RESULTADOS: O acometimento patológico do sistema nervoso no DM1 é muito amplo e grave. A NAD é uma das complicações no DM1 e apresenta uma lesão neurológica extensa, devido a hiperglicemia que leva à ativação de diversas vias envolvidas no desenvolvimento das complicações micro e macrovasculares do DM, causando aumento do estresse oxidativo e um descontrole efetivado pela produção de O2-mitocondrial, trazendo danos a estruturas celulares e alterações na expressão genética, atigindo os sistemas: cardiovascular, respiratório, digestivo e geniturinário. Acredita-se que exista um constante estado inflamatório de baixo grau em pacientes com DM levando ao estímulo constante de vias aferentes do Sistema Nervoso autônomo, por citoquinas. As principais manifestações clínicas são dormência em membros inferiores, formigamento, agulhadas em pernas e pés, e queixas de diminuição ou perda de sensibilidade tátil, térmica ou dolorosa. O rastreamento da NAD no Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) consegue detectar no próprio diagnóstico, porém no DM1 os distúrbios acometem em cerca de 5 anos após o diagnóstico, por isso, o DM1 necessita de um cuidado maior. O rastreamento das formas mais frequentes de NAD baseia-se na caracterização do quadro clínico com os sintomas e sinais clínicos e na realização de testes neurológicos. Um estudo realizado em Ribeirão Preto, SP, fez uma análise clínica padronizada, mas fundamentada em métodos rotineiros, e encontrou a NAD em 32% dos pacientes do tipo 1 e em 50,9% dos pacientes do tipo 2. Sendo assim, mesmo que a parcela de NAD encontrada em DM1 seja menor do que a DM2, ainda possui um resultado importante, tornando sua precoce investigação necessária.

Conclusões/Considerações finais

CONCLUSÃO: Mesmo com tamanha gravidade, a NAD ainda é pouco reconhecida e estudada. Porém, uma avaliação correta pode melhorar o prognóstico dos pacientes com DM1 que apresentam essa complicação.

Palavras-chave

Palavras-chave: Diabetes Mellitus tipo 1; Neuropatia autonômica diabética; Complicações

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade de Medicina Nova Esperança - Paraíba - Brasil, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Rio Grande do Norte - Brasil

Autores

Ana Luiza Souza Matos, Amanda Laysla Rodrigues Ramalho, Miriam Campos Soares Carvalho, Lucas Lenine Dantas Formiga, Antônio Matheus Andrade Sousa, Viviane Gurjão Melo