15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

JEJUM INTERMITENTE PROMOVE A QUALIDADE DE VIDA E REDUÇÃO DO IMC EM MULHERES COM OBESIDADE GRAU I

Fundamentação/Introdução

O jejum intermitente (JI) tem surgido como uma nova estratégia alimentar para a redução do peso corporal e melhoria de aspectos relacionados à síndrome metabólica. No entanto, os estudos mais amplos estão focados em modelos pré-clínicos e sua validação ainda é questionada na medicina.

Objetivos

Avaliar o efeito do JI em mulheres obesas Chapecó, Santa Catarina sobre o peso corporal, o IMC, % de gordura e pressão arterial, bem como analisar a qualidade de vida desses indivíduos.

Delineamento e Métodos

Inicialmente foi feito recrutamento da população por anúncios na mídia (Facebook). Após seleção com base no IMC (>30), foi realizada uma randomização para estabelecer um grupo controle e outro que faria o JI. Ao final e consideradas as desistências, 11 mulheres compuseram o grupo controle e 21 que realizaram o JI. O protocolo de intervenção foi de jejum intermitente por 16 horas diárias por 90 dias, sendo liberado apenas o consumo de água neste período. Durante o desjejum (das 12 até às 20h), foi aconselhado a manutenção do consumo.

Resultados

As mulheres que realizaram o JI (idade média: 34±7 vs. 43±12 do controle) tiveram uma redução da massa corporal de 3,19kg (±0,47) e do IMC de 1,26 (±0,17) em relação ao controle, considerando o período de intervenção. Não foi possível observar uma relação estatística entre os grupos e a intervenção sobre os parâmetros de % de gordura e pressão arterial. A média diária da ingesta calórica do grupo JI ficou de 1952,74 kcal, sendo 68,8 g de lipídios, 73 g de proteínas e 260g de carboidrato. Já os resultados do questionário “WOHQOL-bref” seguiram as normativas estabelecidas internacionalmente, no qual é pontuado individualmente por cada voluntário com uma nota de 1 (mínima) a 5 (máxima). Foi possível verificar uma melhora de 31,07% na qualidade de vida do grupo JI, seguido das Condições de Saúde (16,152%), Domínio Psicológico (10,653%), Domínio Físico (10,17%), Relações sociais (7,513%), e meio ambiente (5,472%). O grupo controle não sofreu nenhuma alteração na Qualidade de vida e domínios do “WOHQOLbref”

Conclusões/Considerações finais

O JI de 16 horas diárias é uma prática efetiva para redução do sobrepeso e obesidade e ainda aprimorar a qualidade de vida dos praticantes. Reforça-se a importância de novos estudos a longo prazo, sendo que o JI pode ser um mecanismo efetivo de emagrecimento, de fácil acesso e sem custos para o indivíduo e aos cofres públicos.

Palavras-chave

Jejum intermitente, Obesidade, Qualidade de vida, Emagrecimento

Área

Clínica Médica

Autores

Jéssica Daniela Schröder, Hugo Falqueto, Tácio de Oliveira, Leandro Henrique Manfredi