15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Tendência da carga de doença por hepatite B no estado de Santa Catarina no período de 2005 a 2010

Fundamentação/Introdução

As hepatites virais constituem um grave problema de saúde no Brasil e no mundo. A maioria dos portadores de hepatite B desconhece o seu estado de portador e com isso constitui um elo importante na cadeia de transmissão da doença. Santa Catarina apresenta áreas de alta endemicidade e se desconhece a carga da doença no estado.

Objetivos

Observar a tendência dos indicadores de Carga de Doença por hepatite B no estado de Santa Catarina no período de 2005 a 2010.

Delineamento e Métodos

Realizou-se um estudo de séries temporais com dados de notificação e de mortalidade por hepatite B obtidos do Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificações e no Sistema de Informação de Mortalidade. Foi realizado o cálculo de Anos de Vida Perdidos Ajustados por Incapacidade (Disability Adjusted Life Years – DALY) e de seus componentes de mortalidade (Anos de Vida Perdidos - Years of Life Lost – YLL) e de morbidade (Anos Vividos com Incapacidade - Years Lived with Disability – YLD). As taxas brutas foram calculadas e padronizadas pelo método direto tendo como população padrão a de Santa Catarina no ano de 2010. Estimou-se a variação anual por intermédio de regressão linear segmentada, identificando-se os pontos em que houve modificações da tendência.

Resultados

O estado de Santa Catarina apresentou aumento não significativo de 4,7% (IC95% -10,0; 21,7) ao ano nas taxas de YLL e queda não significativa de 5,7% (IC95% -17,2; 7,4) ao ano nas taxas de YLD. A faixa-etária de 1 a 4 anos apresentou aumento significativo de 7,0% (IC95% 4,5; 9,5) ao ano neste indicador. A macrorregião do Planalto Norte apresentou também queda significativa de 20,9% (IC95% -31,2; -9,2) ao ano. Em relação às taxas de DALY, o estado apresentou queda não significativa de 3,4% (IC95% -12,1; 6,2) ao ano e aumentos significativos de 7,0% (IC95% 4,5; 9,5) ao ano na faixa-etária de 1 a 4 anos e de 25,9% (IC95% 2,6; 54,4) ao ano na faixa-etária de 70 a 79 anos.

Conclusões/Considerações finais

O estado de Santa Catarina apresentou queda não significativa da carga de doença por hepatite B, porém nas faixas-etárias de específicas de 1 a 4 anos e de 70 a 79 anos houve aumento significativo da carga no período de 2005 a 2010.

Palavras-chave

Hepatite B, Epidemiologia, Distribuição temporal.

Área

Clínica Médica

Autores

Larissa Rovaris de Quevedo, Maria Laura Orlandi Demo, Tuany Batista Santos, Julia Jorge Meyer, Jefferson Luiz Traebert, Chaiana Esmeraldino Mendes Marcon