Dados do Trabalho
Título
Grupos alimentares e pirose em acadêmicos de medicina
Fundamentação/Introdução
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é prevalente e tipicamente manifestada por pirose. Embora controverso, mudanças dietéticas são frequentemente recomendadas para pacientes com DRGE.
Objetivos
Determinar quais grupos alimentares estão relacionado com pirose em acadêmicos de medicina.
Delineamento e Métodos
Neste estudo transversal, planejamos entrevistar 426 acadêmicos de medicina (níveis I a IX) da Universidade de Passo Fundo. Cinco alunos foram treinados para aplicar um questionário validado para sintomas típicos de DRGE (QS-DRGE) e um questionário alimentício, capaz de medir a frequência de ingestão de alimentos [variando de 0 (nunca) a 6 (2 ou + vezes por dia)] e sua relação com a pirose [variando de 0 (nunca) a 4 (sempre)], considerando os seguintes grupos alimentares: café, chocolate, suco de laranja, molho de tomate, vinho, frituras, e alimentos picantes. A soma dos dois escores de cada grupo alimentar variou entre 0 e 10.
Resultados
Um total de 335 acadêmicos (78.6%) foram entrevistados. Entre esses, 100 possuíam DRGE considerando a presença de sintomas que causavam incômodo, denotando uma prevalência de DRGE de 29.8%. Os alimentos com molho de tomate foram o único grupo com uma tendência a maior ingestão em estudantes com DRGE (3.15 vs. 2.94; P = 0.078). Considerando o escore composto (0 a 10), alimentos com molho de tomate e frituras foram os grupos alimentares com maior significância com pirose (P<0.0001), seguidos de alimentos picantes (P=0.0003), café (P=0.0009), suco de laranja (P=0.001) e chocolate (P = 0.0187). A ingestão de vinho não foi relacionado com pirose (P = 0.135).
Conclusões/Considerações finais
Em acadêmicos de medicina a prevalência de DRGE foi próximo de 30%, e os alimentos com maior relação com pirose em ordem decrescente de significância estatística foram: alimentos com molho de tomate e frituras, alimentos picantes, café, suco de laranja e chocolate. Porém, a frequência no consumo desses grupos alimentares não diferiu em acadêmicos com pirose e sem esse sintoma.
Palavras-chave
Pirose; Grupos alimentares; acadêmicos de medicina.
Área
Clínica Médica
Autores
João Vitor Dal Bosco Zaffarri, Guilherme Monteiro da Silva, Ceres Cousseau Furlanetto, Adriane Rubin Prestes, Fernando Fornari