15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Dissecção espontânea de artéria coronária

Introdução/Fundamentos

A dissecção espontânea de artéria coronária (DEAC) é causa rara de síndrome coronariana aguda, e o diagnóstico ainda é feito por meio de necropsia em 70% dos casos. É mais comum em jovens do sexo feminino. Acomete com maior frequência a artéria descendente anterior, e a dissecção de múltiplos vasos ocorre em aproximadamente 20% dos casos. A etiologia e fisiopatologia continuam incertas.

Objetivos

Relatar um caso clínico de DEAC afim de elucidar os conhecimentos acerca desta patologia.

Caso

Paciente, sexo feminino, 42 anos, procura o ambulatório de cardiologia após apresentar episódios esporádicos de dor torácica tipo C, com maior incidência aos esforços. Nega dispneia, lipotimia e sudorese. Ao exame cardiovascular apresentava: bulhas rítmicas, normofonéticas, em 2 tempos e sem sopro, frequência cardíaca de 75 bpm e pressão arterial de 125/75 mmHg. Ausência de edema em membros inferiores, de estase jugular e ictus não visível ou palpável. Pulsos periféricos simétricos e pressão arterial dos membros não divergentes. Foi solicitado Teste Ergométrico, que evidenciou infradesnivelamento de segmento ST em V3 e V4, sendo então optado pela cineangiocoronariografia sequencialmente, a qual demonstrou dissecção espontânea de coronária esquerda envolvendo desde tronco, origem da artéria circunflexa até terço médio de artéria descendente anterior (DA); artéria DA com lesão obstrutiva de 100% no terço médio; ramos diagonais de moderada importância, afilados, também com imagens sugestivas de dissecção; circulação colateral de coronária direita para coronária esquerda grau II. Cintilografia miocárdica identificou hipoperfusão persistente na parede anterior do VE com discreto comprometimento de Fração de Ejeção (FE), de 41%. O ecocardiograma realizado mostrou dimensões cardíacas de valores normais, FE de 56% e conclusão dentro da normalidade. Foi instituído tratamento com dupla antiagregação plaquetária, controle de frequência cardíaca e pressórico, além de uso contínuo de nitrato e estatina.

Conclusões/Considerações finais

A abordagem terapêutica adequada ainda é individualizada e depende da gravidade clínica e dos achados coronariográficos, por isso a escolha do tratamento conservador para a paciente.

Palavras-chave

Aneurisma dissecante, Vasos coronários, Síndrome Coronariana Aguda.

Área

Clínica Médica

Autores

Flávia Cavalcanti Balint, Caroline Roberta Moreno, Stefany Casarin Moura, Tibério Augusto De Oliveira Da Costa, Murillo De Oliveira Antunes