Dados do Trabalho

Título

Avaliação do rastreamento da sífilis gestacional em uma Unidade Básica de Saúde no município de Itajaí

Fundamentação/Introdução

A sífilis congênita é decorrente da disseminação hematogênica do Treponema pallidum da gestante não tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto, por via transplacentária. No Brasil, o VDRL é o teste de rastreio de sífilis mais utilizado e o mesmo deve ser oferecido para todas as mulheres no 1º e no início do 3º trimestres da gestação.

Objetivos

Avaliar o rastreamento da sífilis gestacional de uma microárea de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Itajaí e realizar uma análise comparativa com os dados do município.

Delineamento e Métodos

A pesquisa foi realizada por meio de análise de prontuários de 43 gestantes residentes da microárea selecionada. Os dados coletados são referentes ao período de 01 de outubro de 2017 até 31 de março de 2018, sendo eles: idade gestacional e realização ou não de VDRL e teste treponêmico.

Resultados

Das 43 gestantes analisadas, 4 (9,3%) não realizaram nenhum VDRL, 20 (46,51%) apenas um e apenas 19 (44,18%) seguiram as diretrizes, realizando 2 ou 3 VDRL. Na microárea analisada a taxa de detecção de sífilis gestacional foi de 6,97% (3 casos), consideravelmente maior que a do município, que é de 2,61%. Não houve casos de transmissão vertical na microárea estudada.

Conclusões/Considerações finais

Levando em consideração que 56% das gestantes da microárea não realizaram o rastreio corretamente e mesmo assim o índice de sífilis nesse grupo é consideralvemente maior que o municipal, levantou-se duas hipóteses principais. A primeira é de que há mais casos de sífilis na microárea em relação ao município. A segunda é que as taxas de sífilis gestacional são subestimadas no município e o rastreio municipal é ainda pior do que na microárea.

Palavras-chave

Sífilis; programas de rastreamento; epidemiologia.

Área

Clínica Médica