15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Síndrome de Wolff Parkinson White - Relato de Caso: Vias de Condução Anômalas Ocultas

Introdução/Fundamentos

A Síndrome de Wolff-Parkinson-White (SWPW) foi caracterizada por Wolff, Parkinson e White em 1930. A forma sintomática da doença é caracterizada por manifestações de arritmias como a taquicardia paroxística. (WOLFF,1930)
A SWPW é a mais frequente das síndromes de pré-excitação caracterizadas por despolarização ventricular precoce e extranodal por meio de uma ou mais vias acessórias. As vias de condução desses pacientes podem ser anterógradas-retrógradas ou somente retrógradas, nesta denominam-se vias anômalas ocultas (ATIÉ, 2008). A minoria dos pacientes exibe sintomas e os mais comuns são decorrentes de taquiarritmias como: taquicardia supraventricular paroxística, flutter auricular e fibrilação ventricular (GALAMBA, 2010). Esta síndrome é fator de risco para o aparecimento de fibrilação atrial (FA) pré excitada (taquicardia com intervalo RR irregular e QRS largo) (Lioret et al).
O diagnóstico é realizado com base no ECG, o qual apresentará 3 modificações no complexo ventricular: o segmento PR estará menor, o segmento QRS estará maior e o complexo QRS apresentará uma onda delta (CHUNG,1965).

Objetivos

Relato de um caso raro em jovem com SWPW.

Caso

Obtiveram-se informações a partir de revisão de prontuários, entrevista com o paciente, registro fotográfico dos métodos diagnósticos e revisão da literatura de SWPW.

Conclusões/Considerações finais

GSM, 20 anos, feminino, G3P3A0, relata ansiedade, com formigamento e "entortamento " das mãos. Hoje referiu quadro associado a dor torácica. Exame físico normal. Realizou dois ECG inicialmente sinusal; empastamento inicial do QRS compatível com onda delta, além de infradesnível difuso do segmento ST, com inversão de onda T. Ao realizar novamente, Sinusal; onda delta menos evidente. Melhora do infradesnível de ST em parede inferior, mas mantém infra de ST em V3/V4. No mesmo dia, alegou mal estar e dor torácica, exame físico sem alterações, troponina padrão. No dia seguinte, retorna com exames normais e assintomática.

Palavras-chave

A SWPW é uma causa importante de taquicardias, sendo o ECG um exame fundamental para o diagnóstico. O empastamento inicial do QRS compatível com onda delta é um indicativo. A presença de FA em portadores de via acessória com período refratário anterógrado curto pode gerar uma frequência ventricular e consequente morte súbita. Um tratamento para os pacientes sintomáticos com SWPW é a ablação por cateter com radiofrequência. Os pacientes assintomáticos devem ser avaliados com Holter, teste ergométrico e ecocardiograma, a fim de triar aqueles com maior risco.

Área

Clínica Médica

Autores

Heloisa Lima Heller, Lucas Sepúlveda Chianca, Amanda Guedes Assis Dutra, Eduarda Martins Prudente, Gustavo Araújo do Nascimento Santos, Vanessa e Silva de Oliveira