15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

GOTA TOFÁCEA DISSEMINADA: UM RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

Introdução/Fundamentos: A gota é caracterizada pelo acúmulo de cristais de urato monossódico em articulações, tecido sinovial, ossos e pele. A prevalência na população adulta de 1%, apresenta história familiar, sexo masculino, etilismo e grande ingesta de proteínas como fatores de risco. A apresentação clínica clássica da gota é uma artrite inflamatória aguda, geralmente monoarticular, recorrente, intensa e autolimitada.

Objetivos

Objetivos: Relatar o quadro de um paciente com gota tofácea disseminada, além de comentar os principais aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos dessa patologia.

Caso

Caso: Homem, 51 anos, vêm ao ambulatório de reumatologia, devido a nódulos eritematosos, dolorosos há 20 anos. Informa ter iniciado o quadro com um nódulo no pé que progrediu para outras articulações associado a deformidades, rigidez nas articulações, presença de febre e intensificação das dores nas crises. Associa esse quadro com a ingesta de proteínas e refere melhora com glicocorticoides, foi etilista por 35 anos, tendo cessado consumo há 1 ano. Está em uso irregular de alopurinol e relata que o pai apresenta caso semelhante. Ao exame físico, múltiplos nódulos subcutâneos em articulações de punhos, ombros, cotovelos, pulsos, joelhos, tornozelos, articulações interfalangeanas de mãos e pés, de consistência endurecida, com tamanho de 04 a 08 cm, com sinais flogísticos e secreção purulenta. Apresenta rigidez articular e limitação de movimentos nas referidas articulações. Porta exames laboratoriais que evidenciaram: leucocitose com neutrofilia, hipertrigliceridemia; hipercolesterolemia, hiperuricemia e estado pré-diabético. Diante do quadro, a hipótese diagnóstica foi de gota tofácea, sendo prescrito, alopurinol 300 mg, dipirona 500 mg, indometacina 50 mg, prednisona 5 mg e ceftriaxona 1g.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: Esses casos ocorrem pela má adesão do paciente ao tratamento e/ou inadequado manejo da doença, consistindo em um estágio incapacitante. O manejo objetiva o alívio da dor, redução da inflamação, restauração da capacidade articular e prevenção de crises, assim como redução da concentração de cristais de ácido úrico. Em casos mais graves, como no paciente descrito, o manejo se torna mais difícil, sendo necessário realizar associação de diferentes terapias, incluindo o manejo antimicrobiano das piodermites secundárias à condição.

Palavras-chave

Palavras-chave: gota, poliartrite deformante, hiperuricemia.

Área

Clínica Médica

Autores

Gabriela de Lima Costa, Ana Lúcia Dantas de Oliveira, José Felipe Casado Paulo, Milena Khrislaine de Medeiros Gundim, Pedro Augusto Dias Timoteo, Thomas Di Nardi Medeiros