15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

CÂNCER DE COLO UTERINO: PERIODICIDADE DE RASTREIO E INTERVALO DE TEMPO PARA PROCEDIMENTOS DE SEGUIMENTO

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução: O câncer cervical é uma neoplasia maligna, que ocupa um lugar de destaque em termos epidemiológicos. Como forma de rastreamento dessa patologia, o Brasil adota o exame citopatológico do colo uterino realizado a cada 3 anos para mulheres entre 25 e 64 anos de idade.

Objetivos

Objetivos: Identificar a periodicidade da realização de exames preventivos de colo uterino, bem como o intervalo de tempo decorrido entre citopatológicos negativos para malignidade e o surgimento de lesões malignas, e o período de tempo decorrido entre o diagnóstico de alterações e a realização dos exames de seguimento.

Delineamento e Métodos

Delineamento/Métodos: Trata-se de um estudo Transversal, descritivo e analítico, cuja amostra consiste em mulheres residentes na zona urbana do município de Passo Fundo/ RS, que realizaram exame citopatológico no período entre 2015 e 2017, e que contenham registros no Sistema de Informações do Câncer (SISCAN), acessado pelo Centro de Referência em Saúde da Mulher e de Saúde da População LGBTI do município. Foram consideradas como variáveis dependentes: alterações de exames de citopatológico e colposcopia; como variáveis independentes: idade da mulher, o tempo decorrente entre o último exame citopatológico sem alterações e o primeiro alterado, e o tempo entre o exame citopatológico alterado e a realização da colposcopia. Como variável descritiva, foi considerado o tipo de alteração do exame citopatológico. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal da Fronteira Sul (CAAE 80750217.0.0000.5564).

Resultados

Resultados: Entre 2015 e 2017 foram realizados 25.323 exames citopatológicos, com um total de 815 alterações. O tempo médio decorrido entre o último exame citopatológico sem malignidade e o primeiro alterado das pacientes foi de 23 meses. Foi constatado que 280 (34,3%) mulheres apresentaram alterações em um intervalo menor de 3 anos, sendo dessas, 83 em menos de 12 meses. Realizaram seguimento com colposcopia, 182 pacientes, com intervalo médio de 93,6 dias após a detecção de alterações citológicas. Foi observado que as mulheres com alterações citológicas de maior gravidade tiveram acesso à colposcopia mais rapidamente (média de 79,2 dias; ±35,4) do que aquelas com lesão menos grave (média de 144 dias; ±75,6) (p=0,001).

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações Finais: Foi constada a importância de programas de rastreio com exames frequentes (periodicidade inferior a 3 anos), e de seguimento precoce das alterações do colo de útero.

Palavras-chave

Palavras-chave: Colo de Útero. Neoplasias. Exames de Rastreamento.

Área

Clínica Médica

Autores

Mônica Palos Barile, Jossimara Polettini, Gustavo Olszanski Acrani