15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

PCR: DA SIMULAÇÃO À PRÁTICA

Fundamentação/Introdução

A atuação do médico no cenário de parada cardiorrespiratória (PCR) demanda agilidade nas habilidades técnicas e comunicativas. O desenvolvimento dessas competências é viabilizado pelo uso de metodologias ativas.

Objetivos

Discorrer sobre a importância de simulações sobre PCR e elencar competências necessárias durante o atendimento real à PCR.

Delineamento e Métodos

Estudo descritivo, tipo relato de experiência, elaborado por acadêmicos de medicina na vivência do internato.

Resultados

No 5º período, é ensinado o reconhecimento da PCR, técnica correta de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e necessidade de acionar uma equipe especializada com recursos específicos. A complexidade é aprofundada conforme o avançar do curso: ritmos de PCR, terapêutica medicamentosa específica e manejo correto do desfibrilador. Nas aulas, o atendimento de casos elaborados pelos professores é realizado por quatro alunos – um líder da equipe e três assistentes. Após, é realizado o debriefing. A literatura defende a importância de simulações realísticas e discussões que valorizem a experiência do participante.
Paciente masculino, 61 anos, histórico de insuficiência cardíaca com 2 angioplastias, deu entrada no setor de urgência com sintomas e sinais de desconforto precordial, síncope, dispneia, sudorese, hipotensão, bradicardia e bradipneia. A equipe rapidamente reconheceu a gravidade e iniciou o protocolo de dor torácica com a realização do eletrocardiograma e, após instantes, o paciente evoluiu para PCR em ritmo de Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP). O médico cobrou a comunicação em alça fechada e se prontificou a dividir as funções da equipe. Atento a todos os procedimentos, sugeriu melhorias de forma empática, realizou a intubação orotraqueal de forma pragmática, manteve domínio da situação e controlou o estado emocional da equipe. Durante os cuidados pós-ressuscitação, o paciente instabilizou com necessidade de RCP. Retornou e, após 15 minutos, evoluiu novamente para PCR, sendo optado pelo médico a não insistir na RCP. Por ser a primeira RCP e o primeiro óbito presenciado pelos acadêmicos, foi abordado, além do debriefing com a equipe, o tema sobre lidar com a morte de um paciente.
Os autores reconheceram a importância das simulações realísticas para a realização de uma RCP de qualidade, notaram que a comunicação eficiente entre a equipe agilizou o atendimento e enaltecem a necessidade de um debriefing técnico e humanizado.

Conclusões/Considerações finais

Recomenda-se o uso de simulações.

Palavras-chave

simulação, metodologias ativas, educação médica, emergências, parada cardiorrespiratória.

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdades Pequeno Príncipe - Paraná - Brasil

Autores

Giovanna Correa Fontoura, Roberto Goerges Zammar Filho, Erica Pedri, Vikor Cleto Morais Gianini, Julia Maria Fujii Kato