Dados do Trabalho

Título

NÚMERO DE CASOS DE DENGUE NO BRASIL DISCRIMINADO PELA FAIXA ETÁRIA DE ACOMETIMENTO: COMPARAÇÃO ENTRE AS TAXAS DE MORBIMORTALIDADE NAS CINCO REGIÕES NO ANO DE 2017

Fundamentação/Introdução

A dengue é uma das doenças infecciosas mais frequentes no Brasil e um dos principais problemas de saúde pública no mundo, portanto, uma importante fonte de estudo e investigação de sua morbimortalidade e acometimento, já que pode evoluir com complicações e morte.

Objetivos

Definir a incidência de casos de dengue em cada região do Brasil, indicando sua predominância e correlacionando com a faixa etária acometida, para que se possa intensificar políticas de saúde efetivas, focadas na necessidade regional, além de aumentar os investimentos em prevenção, reduzindo novos casos e custos destinados ao tratamento e controle de sequelas, que são mais caros e, na maioria das vezes tardios.

Delineamento e Métodos

No estudo de natureza descritiva compreendeu como estratégias metodológicas um corte transversal referente ao ano de 2017, com valores retirados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS analisados com o programa Excel.

Resultados

A região com maior acometimento é a Nordeste (35,2%) seguida por Centro Oeste (32,4%), Sudeste (22,2%), Norte (9,1%) e Sul (1,1%). Este padrão regional decrescente é mantido nas faixas etárias dos menores de 1 ano, entre 1-9 anos, 10-19 anos e 20-59 anos. Já na faixa etária dos 60-64 anos, esta ordem se modificou e a região com maior acometimento foi a Centro oeste (34,5%) seguida por Nordeste (32,6%), Sudeste (25,1%), Norte (7,1%) e Sul (0,8%), mesma ordem observada nos óbitos notificados por agravo da dengue com porcentagens distintas e, em que a região Sul não apresentou nenhum registro.
Comparando os dados de faixa etária ignorada, temos a região Nordeste com 45,9%, seguida pela Sudeste (28,2%), Centro Oeste (22,4%), Sul (2,4%) e Norte (1,2%), padrão diferente do que havia sido encontrado.

Conclusões/Considerações finais

A maior incidência de dengue é evidenciada no nordeste do país, fato possivelmente atribuído a falta de infraestrutura, dificuldade de acesso aos serviços de saúde e condição socioeconômica precária que mantém o curso da doença. Observando as faixas etárias utilizadas no estudo (exceto 60-64), pôde-se inferir o Nordeste também com maior índice de casos. Dessa forma, é necessário o remanejamento dos investimentos para atender as necessidades dessa região. É possível notar também resultados epidemiológicos mais baixos, se comparados a outras pesquisas, provavelmente pela alta taxa de subnotificação. Diante disso, o tratamento precoce e a contenção das repercussões e dos impactos da dengue ficam prejudicados, dificultando o prognóstico da doença e a qualidade de vida da população.

Palavras-chave

Dengue, epidemiologia, incidência, mortalidade.

Área

Clínica Médica