15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

PREVENÇÃO E AVALIAÇÃO DO RISCO DE INFECÇÃO PÓS-OPERATÓRIA EM CIRURGIAS ORTOPÉDICAS - UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Fundamentação/Introdução

A infecção do sítio cirúrgico (ISC) é definida como processo infeccioso da ferida ou cavidade operatória, que pode ser diagnosticado até 1 ano após a cirurgia. Infecções associadas a fraturas são uma complicação comum e grave em cirurgias de trauma. Além de ser um risco ao paciente, prolongam o tempo de permanência em hospitais e encarecem os serviços, prejudicando a qualidade do atendimento. Diante disso, surgiu a hipótese de que identificar previamente o risco de infecção pós-operatória em pacientes de cirurgias ortopédicas permite o melhor controle e prevenção de infecção de sítio cirúrgico.

Objetivos

Compilar e integrar informações dos fatores de risco de infecções pós-operatórias em cirurgias ortopédicas.

Delineamento e Métodos

Realizou-se uma pesquisa descritivo-exploratória com abordagem qualitativa através de Revisão Integrativa da Literatura. A busca bibliográfica foi de forma sistemática na base de dados MEDLINE, com os descritores: Infecção da Ferida Cirúrgica AND Cirurgia Ortopédica. Foram incluídos os artigos publicados entre janeiro de 2014 a agosto de 2019 e em inglês. Estudos não disponíveis gratuitamente foram excluídos. A partir da leitura dos títulos e resumos, selecionou-se 5 artigos. Por fim, os autores realizaram o levantamento de dados e a análise dos conteúdos.

Resultados

Entre os aspectos associados à infecção pós-operatória da ferida são destacados os fatores individuais dos pacientes, características do trauma e falhas operacionais. Dentre as causas individuais, o sexo masculino, idade avançada, doença renal, diabetes, hipertensão arterial, hemotransfusão, cirurgia prévia no sítio operado e história de infecção por Staphylococus aureus resistente à meticilina são incluídos. Quanto ao trauma, a cirurgia longa e a necessidade de fixador externo são os principais agentes. Já em relação às falhas operacionais, a não realização do banho operatório e a não higienização correta das mãos da equipe cirúrgica contribuem para o desfecho. Ressalta-se a importância de se adotar medidas de prevenção, a fim de minimizar o máximo possível o número de casos de infecção no pós-operatório, e assim, facilitar o seu controle.

Conclusões/Considerações finais

Os pacientes possuem características específicas que predispõe a infecção. Por outro lado, a implantação de vigilância nos processos de lavagem de mão e banho operatório, podem resultar em uma redução da frequência dos casos. Dessa forma, conhecer os principais fatores de risco associados à ISC permite uma melhor intervenção e cuidados direcionados para a sua prevenção.

Palavras-chave

Infecção Pós-Operatória; Cirurgia Ortopédica; Prevenção;

Área

Clínica Médica

Autores

Camila Cescatto Gonçalves, Eloisa Gabriela Linke, Tiago Calvis Siebert