15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Tendência temporal da incidência de sífilis gestacional no estado de Santa Catarina entre os anos 2008 e 2018

Fundamentação/Introdução

A sífilis é uma infecção bacteriana causada pela espiroqueta Treponema Pallidum, suas complicações podem ser evitadas com diagnóstico precoce e tratamento imediato, principalmente na gravidez durante o pré-natal.

Objetivos

Descrever a tendência temporal da morbidade e mortalidade por sífilis gestacional no estado de Santa Catarina entre os anos 2008 e 2018.

Delineamento e Métodos

Estudo epidemiológico do tipo ecológico, realizado através da coleta de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN/DATASUS). Foram obtidos o número de casos confirmados e notificados de sífilis gestacional no período de 2008 e 2018 no estado. Calculou-se a taxa de letalidade, a taxa bruta de incidência e a padronizada de acordo com as sete macrorregiões de saúde do estado; multiplicando-as pela constante 100 mil. A análise estatística se deu no MS Excel e SPSS versão 21. Dados qualitativos foram apresentados em frequências absolutas ou proporcionais e dados quantitativos em medidas de tendência central. Para as análises temporais se utilizou o coeficiente de determinação (R2), a variação média anual da série temporal e o valor de p a partir de análise de variância (ANOVA). Considerou-se significativo valor de p<0,05.

Resultados

Dentro das sete macrorregiões do estado de Santa Catarina, observa-se maior taxa de sífilis gestacional na do Grande Oeste (taxa de 118,2/100 mil habitantes em 2018). A faixa etária com maior taxa de incidência média foi a de 15 a 19 anos (79,1/100 mil habitantes), com aumento da quantidade de gestantes infectadas anualmente desde 2009, obtendo em 2018 taxa de 203,5/100 mil habitantes. Em segundo lugar cresceu de forma paralela a incidência na faixa etária de 20 a 39 anos, com 139,6/100 mil habitantes em 2018 e média de 52,7. A escolaridade com maior taxa em 2018 foi ensino médio completo (14,9/100 mil habitantes), mas a maior média foi apresentada pela população de 5ª a 8ª incompletos (5,7/100 mil habitantes). No período, a cor branca predominou com 7.080 casos, em comparação com a não branca com 1.962. A taxa de incidência estadual, que era 5,0 em 2008, subiu para 86,7 em 2018, com taxa de letalidade de 1,06/100 mil habitantes nesse mesmo ano.

Conclusões/Considerações finais

Conclui-se que a incidência de sífilis gestacional em Santa Catarina cresceu entre 2008 e 2018. Portanto, a assistência pré-natal demanda fortalecimento para efetivar estratégias frente à doença e sua transmissão vertical.

Palavras-chave

Sífilis, Gravidez, Infecções por Treponema.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Sul de Santa Catarina - Santa Catarina - Brasil

Autores

Tuany Batista Santos, Maria Laura Orlandi Demo, Larissa Rovaris de Quevedo, Samantta Silvano Pereira, Chaiana Esmeraldino Mendes Marcon