15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS TRANSPLANTES HEPÁTICOS: RETROSPECTIVA DE 10 ANOS DE PRÁTICA NO ESPÍRITO SANTO

Fundamentação/Introdução

INTRODUÇÃO: O transplante hepático é realizado no Espírito Santo (ES) desde 2005, indicado em pacientes com doença hepática em estágio terminal. De 2008 a 2018 foram realizados 18502 transplantes hepáticos no país, dos quais 313 ocorreram no ES.

Objetivos

OBJETIVOS: Conhecer a doença hepática de base dos pacientes submetidos ao transplante hepático no ES e suas respectivas características epidemiológicas, analisar as complicações e a sobrevida dos pacientes pós-transplante.

Delineamento e Métodos

METODOLOGIA: Estudo retrospectivo epidemiológico observacional dos transplantes hepáticos realizados no Hospital Meridional no período de março de 2008 até fevereiro de 2018.

Resultados

RESULTADOS: Foram coletados dados de 239 transplantes, destes 72,8% dos pacientes eram do sexo masculino, com idade média de 52 anos e 11 meses. Dentre as causas de insuficiência hepática, destaca-se a cirrose alcoólica, presente em 38,5% dos pacientes, dos quais 19,6% apresentavam também positividade para o vírus da hepatite C (VHC). O carcinoma hepatocelular (CHC) esteve presente em 33% dos pacientes, sendo o álcool fator etiológico em 48,75% dos casos, o VHC em 28,75% e o vírus da hepatite B em 21,25%. Onze pacientes necessitaram de novo transplante, principalmente por trombose de artéria hepática (46%). A sobrevida média dos pacientes foi de 36 meses e durante o período analisado, 34,5% dos pacientes foram a óbito, tendo idade maior ou igual a 50 anos e CHC como fatores de risco.

Conclusões/Considerações finais

DISCUSSÃO: O transplante hepático é indicado em pacientes com doença hepática em estágio terminal manifestada principalmente pela cirrose hepática ou insuficiência hepática aguda. Em nosso estudo a média da idade e prevalência do sexo foram correspondentes com a literatura. A principal causa de insuficiência hepática foi a cirrose alcoólica, resultado semelhante ao observado em outro estudo do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, onde 39,7% dos pacientes cirróticos eram alcoolistas. No Hospital Israelita Albert Einstein, 38% dos pacientes apresentavam CHC, resultado similar ao encontrado neste estudo. Os fatores de risco para óbito foram semelhantes aos observados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas. Tratando-se de uma primeira análise retrospectiva de 10 anos de prática de transplante hepático realizado no ES, o presente estudo teve por objetivo fazer um levantamento com foco nas características epidemiológicas gerais e dos fatores de risco para mortalidade pós transplante.

Palavras-chave

FÍGADO EXPLANTADO, TRANSPLANTE HEPÁTICO, EPIDEMIOLOGIA, CARCINOMA HEPATOCELULAR, SOBREVIDA

Área

Clínica Médica

Instituições

HOSPITAL MERIDIONAL - Espírito Santo - Brasil, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CASSIANO ANTÔNIO MORAES - Espírito Santo - Brasil

Autores

LUIZA MOREIRA DA SILVA COSTA, KAMILA GARCIA BRAVIM, LETÍCIA MOREIRA PESSINI, MARIA CARMEN LOPES FERREIRA SILVA SANTOS