15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Muito além do fígado: Comorbidades relacionadas à esteatose hepática - Perfil de 486 pacientes

Fundamentação/Introdução

A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) consiste no acúmulo hepático de gordura e, ao longo do tempo, pode evoluir para fibrose, cirrose e hepatocarcinoma. Está presente em cerca de um terço da população brasileira e atualmente, em países desenvolvidos, já é a principal causa de hepatopatia crônica. Os principais fatores de risco associados à doença são: idade, sexo, dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica, obesidade e diabetes mellitus tipo 2 (DM tipo 2). O diagnóstico é realizado através da presença de fatores de risco, exame complementar que confirme a presença de esteatose hepática e exclusão de outra causa orgânica que explique a hepatopatia.

Objetivos

Descrever o perfil de pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) em um hospital privado localizado na cidade de Curitiba - Paraná.

Delineamento e Métodos

Foi realizado um estudo transversal, através da coleta de dados em prontuário eletrônico de 484 pacientes atendidos entre 2015 e janeiro de 2019 no serviço de Gastroenterologia e Hepatologia de um hospital privado, em Curitiba, Paraná.

Resultados

Dos 484 pacientes avaliados, 52% eram do sexo feminino e 196 (40,5%) apresentaram diabetes mellitus, 238 (49,1%) hipertensão arterial sistêmica e 273 (56,4%) dislipidemia. Aproximadamente 70% (339 pacientes) tinha IMC acima do recomendado. Destes, 28,8% tinham sobrepeso, 25,8% obesidade grau I, 12,2% obesidade grau II e 3,3% obesidade grau III. Dentre os 67 (13,8%) pacientes com diagnóstico de cirrose hepática, 45 (67,1%) apresentaram DM tipo 2, 47 (71,6%) hipertensão arterial sistêmica e 32 (47.7%) dislipidemia.

Conclusões/Considerações finais

Como esperado houve uma grande associação de comorbidades metabólicas associada a DHGNA. Comparado a estudos anteriores internacionais, que demonstraram uma prevalência de 80% de sobrepeso/obesidade, 72% dislipidemia e 44% DM tipo 2, encontramos taxas similares. Contudo, apesar da literatura mostrar uma prevalência mais alta da doença em pacientes do sexo feminino, em nosso estudo a prevalência foi similar entre homens e mulheres. O perfil de doenças associadas a esteatose hepática em pacientes de um hospital de Curitiba, se mostrou similar a estudos internacionais.

Palavras-chave

Esteatose hepática; Síndrome metabólica; Obesidade.

Área

Clínica Médica

Instituições

hospital nossa senhora das graças - Paraná - Brasil, universidade positivo - Paraná - Brasil

Autores

Amanda Kuster Roderjan, Amanda Akemi Tanaka, Carlos Eduardo Gomes Callegari, Alcindo Pissaia Jr