15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ABORDAGEM DO CONHECIMENTO E CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM PACIENTES AMBULATORIAIS DE UM CENTRO UNIVERSITÁRIO

Fundamentação/Introdução

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada um importante problema de saúde pública de alta prevalência e baixas taxas de controle. Apesar da aplicação de medidas preventivas, o desconhecimento do paciente sobre a doença e o seu controle pressórico impacta no agravo dessa patologia.

Objetivos

Identificar o nível de conhecimento de pessoas com HAS acerca de saber ser portador da doença e verificar seu esquema terapêutico e controle pressórico adequado.

Delineamento e Métodos

Estudo descritivo e transversal com dados primários realizado em um Hospital de um Centro Universitário, no município de João Pessoa, PB, Brasil. A coleta de dados foi realizada nos meses de abril e maio, com 49 pacientes acompanhados no ambulatório de Cardiologia. O critério para classificação de HAS foi Pressão Arterial (PA) ≥ 140/90 mmHg ou estar em uso de anti-hipertensivos. Foi utilizado um questionário próprio abordando conhecimento de ser portador de HAS, tipos de anti-hipertensivos em uso e controle pressórico. O critério para estabelecimento das metas pressóricas terapêuticas foi o estabelecido pela 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Resultados

Observou-se que dos 49 pacientes hipertensos atendidos no ambulatório, 98% afirmavam ter conhecimento sobre a doença. Além disso, evidenciou-se que 8,1% dos pacientes com HAS não estavam sendo tratados com medicamentos anti-hipertensivos e dentre os que estavam em tratamento (N=45), apenas 37,7% estavam com a PA controlada. Entre os pacientes que estavam fazendo uso de medicamentos anti-hipertensivos, 44% (N=45) estavam em esquema de monoterapia, sendo que desses, 40% (N=20) estavam na meta pressórica ideal. 44% dos hipertensos (N=45) estavam em esquema terapêutico duplo, e somente 30% desses (N=20) estavam com a PA controlada. Os pacientes que estavam em uso de tripla e quádrupla ou mais medicações, corresponderam à 11,1% e 2,2% (N=45), respectivamente. Dos 5 pacientes em tripla terapia, apenas 40% estavam com a PA controlada.

Conclusões/Considerações finais

Com isso, percebeu-se que dentre os pacientes avaliados, a maioria conheciam o seu diagnóstico, faziam uso de medicamentos anti-hipertensivos; porém não estavam com a PA adequadamente controlada. Logo, os profissionais de saúde devem atuar proativamente na promoção do conhecimento da doença, do seu esquema terapêutico e da checagem do controle adequado da HAS, principalmente por se tratar de uma doença assintomática em sua maioria.

Palavras-chave

Hipertensão

Área

Clínica Médica

Autores

Beatriz Queiroga Victor, Larissa Edilza De Lima, José humberto De Oliveira Lisboa Júnior , Raissa Osias Toscano De Brito, Rafaella Maria Freitas Estrela