15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Análise do perfil epidemiológico dos óbitos por acidente vascular encefálico no período de 2007 a 2017

Fundamentação/Introdução

Introdução/Fundamentos: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma patologia neurológica muito incidente na contemporaneidade, tal enfermidade manifesta-se de duas formas: a isquêmica - em que há obstrução do vaso, dificultando o suprimento de oxigênio e substratos ao tecido cerebral - e a hemorrágica - quando o sangue extravasa para estruturas do sistema nervoso central. Nesse contexto, O AVE é um problema de saúde pública que, no Brasil, é a principal causa de incapacidade.

Objetivos

Objetivos: Determinar o perfil epidemiológico do AVE no Brasil no período de 2007-2017.

Delineamento e Métodos

Delineamento/Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, de abordagem quantitativa e descritiva dos óbitos ocorridos no Brasil devido ao AVE isquêmico ou hemorrágico, no período de 2007-2017, sendo divididos em subgrupos de regiões, cor/raça e anos de escolaridade.

Resultados

Resultados: Durante o período analisado, 468.966 óbitos por AVE foram registrados no Brasil. A região Centro-Oeste apresentou menos óbitos: 23.464. Já a região Sudeste possuiu o maior, 179.686 casos. O segundo maior registro foi da região Nordeste com 158.289, e, após ela, as regiões Sul e Norte com 73.844 e 33.683, respectivamente.
Ademais, o Brasil reduziu significativamente os óbitos por AVE. No ano de 2007 o total de mortes foi de 45.157, nos anos seguintes decresceu continuamente, e 2017 possuiu o menor quantitativo: 36.206 óbitos.
A análise de acordo com a cor/raça, revelou que a raça branca possui mais casos de óbitos: 218.337. Em contrapartida, os indivíduos de raça negra, amarela e indígena possuem os menores números: 42.351, 2.371 e 892, respectivamente. Aqueles de raça parda totalizam 169.740, ficando atrás somente da raça branca.
Quanto aos registros evidenciando a escolaridade dos indivíduos, viu-se que pessoas com nenhuma escolaridade possuem o maior quantitativo de óbito por AVE: 126.999. Já aqueles com 1 a 3 anos de escolaridade têm um total de 120.301. Os casos com 4 a 7 anos somam 69.361, e aqueles com 8 a 11 anos possuem 28.039 óbitos. Por fim, os indivíduos com 12 anos ou mais de escolaridade possuem menos casos: 10.313.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações Finais: Dessa forma, a análise do perfil epidemiológico por região auxilia os indicadores para o suprimento de serviços e de recursos adequados, de acordo com a necessidade das regiões. Além disso, pelo quantitativo da condição de escolaridade e de cor/raça, pode-se direcionar a produção de uma assistência à saúde efetiva, tendo em vista a redução da mortalidade por AVE no país.

Palavras-chave

Acidente Vascular Cerebral; Perfil de Saúde.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Estado do Pará - Pará - Brasil

Autores

Lorena Garcia da Fonseca, Tales Ribeiro Marques, Caio Cardoso Coelho, Rafaella Barros Moraes e Silva