15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Mola hidatiforme invasora: relato de caso

Introdução/Fundamentos

A Doença trofobástica gestacional (DTG), refere-se à proliferação do tecido trofoblástico placentário, sendo classificada em benigna (Mola hidatiforme) e maligna (Neoplasia trofoblástica gestacional - NTG). A forma benigna acomete mundialmente 1:1000 gestações, sendo a incidência de doença maligna de 2,5 a 7:100.000 gestações. A NTG divide-se em doença metastática e não metastática (restrita ao útero).
O diagnóstico da NTG é difícil, sendo muitas vezes realizado pelo exame histopatógico. As manifestações clinicas da doença comumente se confundem com quadros de ameaça de abortamento ou aborto, quadros de hiperêmese gravídica e até mesmo pré-eclâmpsia. A ultrassonografia consegue sugerir o diagnóstico em menos de 50% dos casos.

Objetivos

Descrever um caso de NTG não metastática em uma paciente submetida a curetagem por aborto incompleto com necessidade de histerectomia devido hemorragia uterina maciça.

Caso

E.E.S., 32 anos, admitida no pronto atendimento obstétrico de um hospital privado, com queixas de sangramento vaginal, dor pélvica e com Ultrassonografia transvaginal (04/02/2019) sugestiva de aborto incompleto. A paciente evolui com hemorragia maciça durante a curetagem, sendo necessário a Histerectomia abdominal total. O pós-operatório inicial foi realizado na unidade de terapia intensiva, recebendo alta com seis dias de pós-operatório.
Confirmado o diagnóstico no segmento pós-operatório, pelo exame histopatológico que confirma Mola hidatiforme invasora (MHI) restrita ao útero. Realizado segmento clinico em conjunto com a Oncologia, acompanhando com fração beta do hormônio gonadotrofina-coriônica (BHCG) quantitativo, função hepática e renal, radiografia de tórax, tomografia de abdome total e ressonância magnética de pelve. Não foi encontrado nenhuma evidência de metástase. No seguimento clínico paciente evolui com negativação do BHCG e sem sinais de recorrência.

Conclusões/Considerações finais

A neoplasia trofoblástica gestacional é doença de baixa incidência clínica e representa um grande desafio diagnóstico devido sua ampla possibilidade de manifestações. O exame histopatológico é de grande importância confirmando o diagnóstico. Quando não é devidamente diagnostica e tratada possui grande potencial de evolução para formas invasivas podendo ameaçar a vida.

Palavras-chave

Doença trofoblástica gestacional; Mola hidatiforme; Complicações da gestação.

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVAG - Centro Universitário - Mato Grosso - Brasil

Autores

DANIELI MARQUES DE GODOI, RAFAEL SILVA GODOY, FERNANDO SABIA TALLO, MANOEL ANTONIO RAMOS NETO