15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ASPECTOS DO MORTE/MORRER, ESPIRITUALIDADE E COMUNICAÇÃO EM PACIENTES ONCOLÓGICOS INSERIDOS NOS CUIDADOS PALIATIVOS

Fundamentação/Introdução

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez uma projeção de 27 milhões de novos casos de câncer para o ano de 2030 em todo o mundo, e 17 milhões de mortes pela doença. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima cerca de 580 mil casos novos da doença para 2014. Apesar desse quadro, os cuidados no final da vida para pacientes com câncer geralmente são inadequados. Muitos pacientes morrem com dor ou outros sintomas mal controlados, com pequeno suporte psicossocial, ou após tratamentos agressivos que trazem benefícios limitados. Nesse contexto, emergem os cuidados paliativos visando melhorar a qualidade de vida na terminalidade. Entretanto, a temática, a despeito da ampla discussão ainda parece um tabu nas escolas médicas e ambientes de trabalho, merecendo destaque.

Objetivos

Realizar uma revisão da literatura com a seguinte pergunta norteadora: quais as atualizações ocorridas no mundo do período de 2006 a 2018 em cuidados paliativos oncológicos com vistas às temáticas do morte/morrer, espiritualidade e comunicação dos pacientes terminais?

Delineamento e Métodos

A busca foi realizada na BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) de forma ampla e nos remeteu às seguintes bases de dados online: MEDLINE, LILACS, IBECS e SciELO. Utilizamos os descritores: “Cuidados Paliativos” (DeCS); “Oncologia” (DeCS); “Morte e Morrer” (Palavra-Chave); “Comunicação”(DeCS); e “Espiritualidade” (DeCS). Ocorreu durante o mês de janeiro/2019.

Resultados

A literatura evidencia que não é a própria morte que desperta temor e terror, mas a imagem antecipada da morte, que hoje em dia vem revestida de isolamento, sofrimento e dor. A espiritualidade tem sido considerada uma dimensão que deve ser incluída numa global de cuidados ao paciente. Estudos independentes determinam que a prática regular de atividades religiosas tenha reduzido o risco de óbito em cerca de 30% e, após ajustes para fatores de confusão, em até 25%. E, embora muitas instituições educacionais tenham aberto espaço para se discutir o tema da morte e dos cuidados ao fim da vida em algumas disciplinas, o ensino é fragmentado e superficial no que tange à comunicação interpessoal em cuidados paliativos.

Conclusões/Considerações finais

Refletir acerca dessas nuanças na prática clínica é complexo e desafiador, entretanto, essas reflexões são condições primordiais para que possamos alcançar excelência no atendimento e propiciar uma visão humanizada do usuário nos serviços de saúde. Não houve apoio financeiro.

Palavras-chave

Cuidados Paliativos; Oncologia; Morte/Morrer; Comunicação; Espiritualidade; Clínica Médica; Revisão Sistemática.

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Cariri (UFCA), Barbalha, Ceará, Brasil - Ceará - Brasil, Programa de Residência em Clínica Médica, Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, Fortaleza, Ceará, Brasil - Ceará - Brasil

Autores

Jucier Gonçalves Júnior, Luiz Fernando Castro Malinverno, Marília Oliveira Bringel, Leonardo Rodrigues Morais, Giselle Vasconcelos Liberato, Modesto Leite Rolim-Neto