15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Mapeamento dos riscos cardiovasculares do tratamento da esquizofrenia

Fundamentação/Introdução

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a Esquizofrenia afeta cerca 70 milhões de pessoas no mundo, sendo sua morbimortalidade bastante alta devido suicídios, altos índices de depressão, distúrbios cognitivos e isolamento social. Entretanto, um fator ainda subestimado é o impacto no sistema cardiovascular das medicações antipsicóticas.

Objetivos

Realizar uma revisão integrativa da literatura sobre os riscos cardiovasculares no tratamento da esquizofrenia.

Delineamento e Métodos

Revisão integrativa da literatura realizada em janeiro/2018 na BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) de forma ampla e nos remeteu às seguintes bases de dados online: MEDLINE, LILACS, IBECS e SciELO. Utilizamos os descritores: “Risco Cardiovascular” (palavra-chave); “Esquizofrenia” (DeCS); “Efeitos Colaterais” (palavras-chave); “Tratamento” (DeCS).

Resultados

Os estudos mostram que diferenças no risco de efeitos colaterais específicos das medicações anti psicóticas de primeira e segunda geração são frequentemente previsíveis a partir dos perfis de ligação do receptor dos vários agentes. Alguns efeitos são bem mapeados, como os do sistema nervoso central: sintomas extrapiramidais, hiperprolactinemia, sedação e síndrome neuroléptica maligna. Entretanto, vários dos efeitos fora dele, como os cardiovasculares e do trato gastrointestinal, ainda não tem mecanismo fisiopatológico bem delineado. Segundo a literatura, os principais efeitos colaterais que impactam diretamente no risco cardiovascular incluem: hipotensão, taquicardia e distúrbios da condução; efeitos anticolinérgicos e antiadrenérgicos como ganho de peso e interferência direta no metabolismo da glicose e dos lipídios, cursando com dislipidemias, hipertrigliceridemia, estados diabetogênicos e resistência insulínica. Além disso, torna-se claro que esses efeitos são em sua grande maioria dose dependentes.

Conclusões/Considerações finais

O risco cardiovascular em pacientes esquizofrênicos é real e assusta, à medida que ressalta e reforça a necessidade de se instituir protocolos extremamente arrojados e exigentes buscando prevenir doenças cardiovasculares, que por sua vez, causariam grande morbimortalidade em um grupo já bastante fragilizado física e emocionalmente.

Palavras-chave

Clínica Médica; Esquizofrenia; Risco Cardiovascular; Revisão da literatura; Saúde Mental.

Área

Clínica Médica

Instituições

Programa de Pós-Graduação em Ciências de Saúde, Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil - São Paulo - Brasil, Programa de Residência em Clínica Médica – Santa Casa de Misericórdia, Fortaleza, CE, Brasil - Ceará - Brasil

Autores

Jucier Gonçalves Júnior, Luiz Fernando Castro Malinverno, Leonardo Rodrigues Morais, Giselle Vasconcelos Liberato, Marília Oliveira Bringel, Nélio Barreto Vieira