15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ASSOCIAÇÃO ENTRE ALTERAÇÕES DO SEGMENTO ST E POLARIDADE DA ONDA T EM DERIVAÇÃO AVR DO ELETROCARDIOGRAMA DE REPOUSO E ESFORÇO E PRESENÇA DE DOENÇA ATEROSCLERÓTICA CORONARIANA.

Fundamentação/Introdução

No teste ergométrico, critérios eletrocardiográficos de isquemia miocárdica clássicos são bem definidos pelas diretrizes, principalmente o infradesnível do segmento ST induzido por estresse, porém, pouca importância é dada aos critérios de isquemia “não padrões” como, por exemplo, dispersão do intervalo QT, razão da variação de ST/variação da frequência cardíaca, a análise do segmento ST/T e polaridade da onda T em aVR, devido à aceitação não unânime de diversos especialistas da área.

Objetivos

Propôs-se então avaliar a associação das alterações do segmento ST/T e a polaridade da onda T da derivação aVR do eletrocardiograma de repouso e esforço e a presença de doença aterosclerótica coronariana em pacientes fora de um evento coronariano agudo que apresentem fatores de risco.

Delineamento e Métodos

Para isto foram incluídos no estudo 64 pacientes eletivamente internados no serviço de hemodinâmica de um centro de cardiologia do noroeste do estado do Rio de Janeiro para se submeterem à coronariografia. A amostra constituiu-se de 34 indivíduos do sexo masculino e 30 do feminino. A elevação do segmento ST e a polaridade da onda T em aVR foram comparadas com alterações de coronárias, avaliadas pelo cateterismo.

Resultados

Após análise dos dados por métodos estatísticos, evidenciou-se que não houve associação significativa, tratado-se da amostra, entre as variáveis polaridade da onda T em aVR e lesões coronarianas. Por outro lado, houve relação entre alterações do segmento ST em aVR com alterações coronarianas, lesões em artéria coronária descendente anterior e artéria coronária circunflexa. Dos 34 indivíduos do sexo masculino, 19 apresentavam alterações de ST em aVR ao esforço, sendo que 26 tinham alterações à coronariografia. Das 30 pacientes do sexo feminino, 16 apresentavam coronariografia alterada, e 17 apresentavam alterações do ST ao esforço em aVR. A correlação estatística neste subgrupo não foi demonstrada na amostra.

Conclusões/Considerações finais

Houve associação entre a elevação do segmento ST em aVR induzida por esforço físico e alterações obstrutivas encontradas à coronariografia, principalmente em homens.

Palavras-chave

Aterosclerose, coronárias, teste ergométrico, aVR, critérios eletrocardiográficos, onda T

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital São José do Avaí - Rio de Janeiro - Brasil, Universidade Iguaçu - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Nikyallan Soares Rodrigues, Vitória Conrado Vieira, Davi Muniz Rios, Clistenes da Rocha Peçanha, Schemys Sad Amaral Peçanha, Raphael Anthero Miranda