15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

TIME GET UP AND GO (TUGT) – AVALIAÇÃO DE RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS

Fundamentação/Introdução

O risco de quedas aumenta com o envelhecimento, tornando-se um problema de saúde pública. A instabilidade postural é frequente nos idosos e tem como complicações as quedas e a imobilidade. As quedas ocorrem em 30% dos idosos, apresentam alta taxa de recorrência e constituem a sexta causa morte de idosos. Têm causa multifatorial e devem ser investigadas. O teste mais utilizado para avaliação da marcha é o Time get up and Go.

Objetivos

Identificar os fatores de risco de quedas em idosos, levando em conta a expansão populacional em demanda crescente por serviços de atenção à saúde e em investimentos na melhoria da qualidade de vida e da capacidade funcional dos idosos.

Delineamento e Métodos

Baseado na metodologia do teste, o estudo foi realizado com 26 idosos, que já vinham sendo acompanhados pelas autoras. O paciente foi cronometrado enquanto se levantava de uma cadeira, caminhava em uma linha reta de 3 metros de distância, virava, caminhava de volta e sentava-se sobre a cadeira novamente. Ele também utilizou seu calçado habitual e apoio para caminhar se necessário.

Resultados

Dentre os idosos analisados os que utilizavam apoio para caminhar tiveram uma diferença significativa no tempo cronometrado, sexo feminino, levou 33,29 segundos para realizar o percurso, o que é considerado um risco elevado de queda, o sexo masculino levou o dobro de tempo. Dos 24 analisados sem o uso de bengalas não houve diferença significativa em relação ao sexo. Considerando então os idosos que não utilizam apoio para caminhar notou-se um número pequeno de indivíduos com risco moderado de queda. Os demais obtiveram um risco acentuado de quedas. Apenas 3 dos idosos realizaram todo o percurso em tempo menor de 10 segundos. A idade dos estudados não foi fator relevante quanto ao risco de quedas, o mais velho com 93 anos levou 21,85 segundos para realizar o teste e o mais novo 24, 63 segundos. Além do mais um idoso sexo F de 81 anos levou 9,8 segundos e outro do sexo F de 79 anos levou o maior tempo cronometrado de 4 minutos e 46 segundos.

Conclusões/Considerações finais

No decorrer do estudo tornou-se notável que a avaliação da potência aeróbia é um ponto fundamental para a avaliação do perfil de aptidão e programação de exercícios para idosos. Além da determinação da potência aeróbia, os testes de caminhada são vistos como uma alternativa rápida e de baixo custo para avaliar o comprometimento da capacidade funcional, já que podem refletir o potencial de realização das atividades da vida diária.

Palavras-chave

Queda, Envelhecimento, Qualidade de Vida.

Área

Clínica Médica

Autores

Jésica Letícia Gusatti, Giordana Carrer Bortolini, Jaqueline Pessanha Silveira, Carolina Friske Vieira, Paulo Roberto Consoni