15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Uma nova perspectiva sobre o acesso ao tratamento medicamentoso de alto custo por meio da judicialização no Brasil

Fundamentação/Introdução

A Constituição de 1988 estabelece o direito à saúde, dando ao cidadão a garantia do acesso às ações e serviços para proteção, promoção, e recuperação da saúde. Para tornar viável tal direito, o Sistema Único de Saúde (SUS) foi disciplinado pelo artigo 198 e por leis que dispõem para promoção a cada brasileiro a garantia de acesso às ações e aos serviços do SUS, o que inclui a assistência terapêutica e farmacêutica integral.

Objetivos

O presente trabalho visa discutir a judicialização que o cidadão tem que enfrentar para ter acesso à fármacos de alto custo. Desde 2015 em decorrência da crise internacional, os aportes financeiros da área da saúde vêm diminuindo: o corte de verbas e o contingenciamento de custo promovido pelo Ministério da Saúde leva os Estados e Municípios a diminuir a distribuição o que leva o necessitado a procurar meios legais para garantir que se faça seu direito.

Delineamento e Métodos

No que tange a metodologia, foi realizada uma revisão bibliográfica e uma coleta de dados de caráter observacional, descritiva e transversal dos dados disponíveis no portal eletrônico do ministério da saúde – de 2015 até junho de 2019. Foram elucidados os seguintes parâmetros: no Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA/SUS), informações gerenciais e cobrança de procedimentos de alta complexidade, assim como o cadastramento do usuário da medicação no banco de dados nacional.

Resultados

É notório que o número de pacientes cadastrados no Programa de Medicamentos de Dispensação Excepcional vem crescendo substancialmente. Segundo o Ministério da Saúde, as despesas com estes medicamentos vêm apresentado crescimento: em 2003, foram gastos aproximadamente R$1,05 bilhão com a aquisição, em 2005, estes recursos já somavam R$1,92 bilhão. O gasto do SUS com medicamentos em geral passou de R$ 14,3 bilhões em 2010 para quase R$ 20 bilhões em 2015, caindo para R$ 18,6 bilhões em 2016, como consequência da crise econômica.

Conclusões/Considerações finais

Portanto, a realização de investigações que avaliem o programa Medicamentos de Dispensação Excepcional/Alto Custo no Brasil são necessárias, pois os usuários desse programa geralmente são: transplantados, portadores de insuficiência renal crônica, esclerose múltipla, hepatite viral crônica B e C, osteoporose, epilepsia, esquizofrenia refratárias, doenças genéticas como a fibrose cística, ou seja, pacientes que por muitas vezes, são debilitados e agravados e que não podem ficar desprovidos de seu tratamento.

Palavras-chave

Medicação. Alto Custo. Judicialização. Brasil.

Área

Clínica Médica

Autores

Guilherme Vianna Neves, Ana Claudia Wincler Reis Cantarino, Laura Lutterbach Dalbuone Pinheiro, Paulo Jonas Boechat da Silveira Júnior, Luciana de Oliveira Fumian Brasil