15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CUIDADOS PALIATIVOS EM UM PACIENTE TERMINAL: O CUIDADOR PRECISA DE AMPARO

Introdução/Fundamentos

Aprender a suportar as perdas em um âmbito em que curar e prevenir comorbidades preponderam é um desafio em que poucos se propõem a discutir. Isso faz com que exista dificuldade no acompanhamento dos pacientes terminais e, também, no suporte oferecido aos cuidadores. O cuidado paliativo tem como propósito assegurar a melhor qualidade de vida possível aos pacientes e sua rede de apoio. No entanto, ainda existem lacunas de como amenizar a angústia daqueles que cuidam diariamente os últimos instantes de pacientes em estágio terminal.

Objetivos

Salientar a importância do cuidador na rotina de pacientes em cuidados paliativos e refletir maneiras de gerar assistência aos cuidadores de redes socioeconômicas precárias.

Caso

C.B.L, 39 anos, negro, divorciado, guarda noturno, natural e procedente de Canoas. Há dois anos foi diagnosticado com carcinoma renal de células claras e submetido a nefrectomia radical à direita e apresentou recidiva local. O paciente foi encaminhado a um hospital da região metropolitana, onde lhe propuseram acompanhamento domiciliar. Na história psicossocial, referiu baixa renda e também não possuir moradia própria. A medida que a doença se tornava mais agressiva, o paciente apresentou quadro depressivo. Surgiram conflitos com sua irmã, a qual atuava como cuidadora. Ela se sobrecarregava com os cuidados ao paciente, passando por dificuldades financeiras, o que lhe trouxe um grande desgaste emocional. Por vezes, ameaçava-o de abandono, principalmente quando fazia muitas exigências. Decorridos sete meses, o paciente apresentou acidente vascular encefálico e foi a óbito. Após dois dias da morte de C.B.L, a cuidadora tentou cometer suicídio, precisou ser internada em clínica psiquiátrica da região metropolitana de Porto Alegre e não conseguiu mais retornar a suas atividades diárias de vida.

Conclusões/Considerações finais

Percebe-se que nesse caso o maior conflito está no cuidador e no estresse emocional vivenciado. No momento que o suporte se dá de maneira precária, o cuidador vivencia uma intensificação do desgaste pessoal que, diariamente já cresce conforme o agravo da saúde do doente aumenta. Dessa maneira, deve-se refletir de que modo se pode auxiliar o cuidador a viver esse momento sem adoecer, devido ao estresse emocional excessivo.

Palavras-chave

cuidados paliativos; paliativos; cuidador;

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Luterana do Brasil - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Luana Prevedello Siganski, Lilian Bertoletti, Bruna Carvalho Rossi, Paola Rissardi Baldin, Miriam Heine