15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Perfil clínico-epidemiológico do câncer de mama no estado do Tocantins entre os anos de 2014 a 2016

Fundamentação/Introdução

No Brasil, o câncer de mama é o tipo mais frequente de afecção neoplásica na população feminina, e as taxas de mortalidade pela doença, desde 1980, mostram aumento nas cinco regiões do país.

Objetivos

Descrever o perfil epidemiológico dos casos confirmados de câncer de mama de pacientes do estado do Tocantins (TO), no período de 2014 a 2016.

Delineamento e Métodos

Estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo e documental dos casos de câncer de mama registrados nos serviços de oncologia do TO entre os anos de 2014 a 2016. Foram coletados dados do Registro Hospitalar do Câncer (RHC). Analisou-se fatores como sexo, etnia, ocupação e escolaridade com os programas Epi-Info e Excel. Foram utilizadas para levantamento bibliográfico bases de dados como MEDLINE, LILACS e Scielo.

Resultados

No presente estudo, do total de 399 pacientes do TO no período de estudo, foram detectados 395 casos de câncer mamário no sexo feminino (99%), com o registro de 4 casos no sexo masculino (1%). A maior porcentagem (31,89%) dos pacientes encontrava-se na faixa etária de 40 a 49 anos, com idade média de 51,85 anos. As etnias apresentaram o seguinte perfil: Parda (80%), Branca (16%), Preta (3,0), Amarela (0,5%), e Sem Informação (0,25%). No âmbito ocupacional, as profissões mais presentes foram aquelas consideradas “não classificáveis” (32%), seguido de trabalhadores agropecuários (28%), e desempregados (14%). Referente à escolaridade, as mulheres apresentavam: Nível Fundamental Incompleto (46%), Nenhuma (32%), Nível Médio (19%), Nível Fundamental Completo (15%), Nível Superior Completo (8%), Nível Superior Incompleto (2%) e sem informação (2%). Os homens portavam: Nível Fundamental Incompleto (25%), nenhuma (50%) e sem informação (25%).

Conclusões/Considerações finais

Os casos analisados demonstram que a maioria da população estudada apresentava baixos níveis de escolaridade, com ocupações de baixa renda, inferindo-se em um menor conhecimento acerca da patologia, e em uma menor taxa de rastreamento. Fatores de risco modificáveis também podem ser atribuídos a essas variáveis, devido à não educação de hábitos pessoais, como dieta hiperlipídica, falta de exercícios físicos, ingestão de bebidas alcóolicas e tabagismo. O câncer de mama, quando identificado em estágios iniciais, apresenta prognóstico favorável. Faz-se necessária a implantação estratégias para a detecção precoce da doença, principalmente em populações menos assistidas, como sugere a epidemiologia do estado do Tocantins.

Palavras-chave

Câncer de Mama. Perfil Clínico-Epidemiológico.

Área

Clínica Médica

Autores

Jandui Diniz Araujo Filho, Paula Raissa Galvan Moura, Sofia de Assis Oliveira, Guilherme Nunes Skripka, Iara Brito Bucar Oliveira, Marcela Araujo Pereira