15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

CONDROSSARCOMA DE SEIO MAXILAR: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA

Introdução/Fundamentos

Introdução: Condrossarcoma é uma neoplasia maligna que pode ter origem na cartilagem, no osso endocondral ou no tecido mesenquimal associado à base do crânio e às meninges. Possui comportamento biológico variável, mas é localmente agressivo, tendo grande propensão a recidivas. O tumor envolve tecidos ósseos e partes moles e possui pouca delimitação das bordas. Afeta mais comumente pelve, fêmur e costelas, e é mais raro na região da cabeça e pescoço, com apenas 10 a 12% dos casos, representando 0,1% de todos as neoplasias dessa região. É mais frequente em homens, entre a terceira e a quarta décadas de vida. A queixa mais comum é a dor local, associada ou não a aumento de volume. Outros sintomas podem ser encontrados, dependendo do sítio acometido. O tratamento é cirúrgico, com ressecção ampla. A neoplasia não costuma ser responsiva à quimioterapia ou à radioterapia.

Objetivos

Objetivo: Relatar o caso de um condrossarcoma em seio maxilar em uma paciente de 27 anos.

Caso

Caso: Paciente do sexo feminino, de 27 anos de idade, que se apresentou a um hospital oncológico de Curitiba/PR com queixas de epistaxe e histórico de obstrução nasal. Sintomas como náusea, cefaleia frontal e tontura progressiva surgiram posteriormente. Ao exame físico, apresentava proptose à esquerda. Foram realizados os exames de tomografia computadorizada de crânio e ressonância magnética de crânio, evidenciando lesão expansiva sólida, medindo 6,4x6,3x4,6 cm, em cavidade nasal, corpo do esfenoide, seios maxilar, esfenoidais e frontais e órbita esquerda. A biópsia revelou proliferação cartilaginosa moderadamente diferenciada. O tratamento cirúrgico incluiu maxilectomia e exanteração de órbita esquerda, associados à radioterapia adjuvante, uma vez que a ressecção completa não foi possível. A paciente também foi submetida a tratamento quimioterápico, com uso de vincristina, doxorrubicina, ciclofosfamida, ifosfamida e etoposídeo. Cerca de 18 meses depois, com progressão da neoplasia e piora do quadro, houve evolução para amaurose e impossibilidade de abrir o olho direito, além da identificação de foco de metástase pulmonar. A paciente foi mantida em cuidados paliativos até a data do óbito.

Conclusões/Considerações finais

Conclusão: O presente trabalho mostra um caso de evolução agressiva de um condrossarcoma de localização atípica que, apesar do diagnóstico histológico e do tratamento empregado, levou a óbito uma paciente jovem previamente hígida, em pouco mais de um ano após o diagnóstico.

Palavras-chave

Palavras-chave: Condrossarcoma, neoplasia maligna de seios paranasais, seio maxilar.

Área

Clínica Médica

Autores

Leonardo Cesar Ferreira Antunes, Maria Eduarda Turczyn De Lucca, Viviane Faccio, André Victor Pereira de Melo, Rosângela Stadnick Lauth de Almeida Torres