15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA IDOSA NA ÁREA RURAL DO MUNICÍPIO DE RIO GRANDE, RS.

Fundamentação/Introdução

O processo de transição demográfica brasileiro apresenta grandes desigualdades sociais no envelhecimento, principalmente quando se compara áreas urbanas e rurais. A mudança no perfil demográfico e epidemiológico, com predomínio de doenças crônico-degenerativas, demanda novas formas de cuidado da pessoa idosa. Nesse contexto, a Atenção Primária de Saúde (APS), tem a função de ofertar aos idosos e aos familiares e cuidadores um acompanhamento holístico com atenção humanizada e apoio domiciliar, respeitando as culturas locais e as diversidades do envelhecer.

Objetivos

Avaliar a qualidade do atendimento nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) aos idosos na área rural de Rio Grande.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal de base populacional que incluiu indivíduos com 60 anos ou mais residentes na área rural do município de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, no ano de 2017. O processo de amostragem selecionou 83,1% dos domicílios da área rural do município. A coleta dos dados foi realizada através da aplicação de um questionário eletrônico.

Resultados

Entre os idosos amostrados, 57% buscaram atendimento na UBSF no último mês, 43% eram hipertensos, 3,9% eram diabéticos, 11,8% diabéticos e hipertensos. Em relação ao exame clínico, a mensuração da pressão arterial e a verificação do peso corporal foram semelhantes entre os grupos. 81% dos diabéticos e 74% dos diabéticos e hipertensos tiveram a glicemia capilar verificada. Pouco mais de 25% dos idosos diabéticos e hipertensos tiveram seus pés examinados para verificar a presença de lesões. A porcentagem de idosos que tiveram os olhos examinados não ultrapassou 14% e menos da metade dos idosos em todos os grupos tiveram a carteira de vacinação verificada. Quanto ao estilo de vida, 32.5% dos hipertensos e 40% dos diabéticos e hipertensos receberam orientações sobre alimentação saudável e prática de atividade física. A porcentagem de idosos que foram perguntados se haviam sofrido alguma queda não ultrapassou 20% e entre 6% a 12% dos idosos foram orientados sobre como evitá-las.

Conclusões/Considerações finais

A identificação de lacunas no atendimento favorece a atuação da equipe multidisciplinar no intuito de adaptar e melhorar a qualidade dos serviços da APS para atender as necessidades específicas dos idosos. Ademais, a realização de práticas cotidianas de promoção e prevenção à saúde permite um envelhecer com maior qualidade de vida.

Palavras-chave

Atenção Primária à Saúde; Saúde do Idoso; Qualidade da Assistência à Saúde; Rural.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal do Rio Grande - FURG - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Tchurle Hoffmann, Giovanna C Pagliaro, Rodrigo Dalke Meucci