15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

COINFECÇÃO HCV/HIV: RESPOSTA AO TRATAMENTO COM OS NOVOS ANTIVIRAIS DE AÇÃO DIRETA EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA DO EXTREMO SUL DO BRASIL

Fundamentação/Introdução

A sobrevida dos pacientes HIV aumentou após os avanços da terapia antirretroviral (TARV), sendo a doença hepática crônica uma das principais causas de morbimortalidade nessa população.

Objetivos

Caracterizar, através de análise descritiva, a resposta virológica sustentada (RVS) de um grupo de pacientes coinfectados HCV/HIV atendidos em serviço de referência para HCV/HIV em Rio Grande-RS.

Delineamento e Métodos

Através de um estudo quantitativo em desenvolvimento no Hospital Universitário Dr Miguel Riet Jr, na cidade de Rio Grande-RS, iniciado em março de 2018, criou-se um ambulatório de referência em coinfecção HIV/HCV, sendo realizada busca ativa das pessoas vivendo com HIV que retiram medicação na farmácia de dispensa de antirretrovirais. A partir disso, esses pacientes foram rastreados para o HCV e, caso confirmada a coinfecção, agendadas consultas e realizado revisão de prontuários.

Resultados

Antes do presente estudo, estavam em acompanhamento no serviço de referência para HIV/HCV 61 pacientes coinfectados. Após o término da busca ativa, em março de 2019, foram contabilizados 116 pacientes, dentre estes, o genótipo 1 do HCV foi o mais prevalente (56,81%) seguido pelo genótipo 3(32,95%), genótipo 2(7,95%) e genótipo 4 (2,27%). Os esquemas de tratamento prescritos foram Sofosbuvir/Daclatasvir em 79,59% dos pacientes, Sofosbuvir/Daclatasvir/Ribavirina em 8,16%, Sofosbuvir/Ribavirina em 8,16%, Sofosbuvir/ Simeprevir 2,04% e Sofosbuvir/Simeprevir/Ribavirina 2,04%. Como o estudo está em andamento, dos 116 pacientes acompanhados, 34 aguardam para iniciar o tratamento, 30 estão em avaliação para que fossem solicitados os medicamentos e 49 pacientes finalizaram o tratamento. A RVS foi alcançada em 83,67%. Entre os 16,32% que não atingiram RVS, 75% são do gênero masculino e 25% feminino, a idade variou entre 35 e 68 anos, (M: 51,5), 50% apresentam o genótipo 1, 37,5% o genótipo 3 e 12,5% o genótipo 2. A média pré-tratamento de ALT foi 90,12 U/L e de AST, 53,00 U/L.

Conclusões/Considerações finais

Destaca-se a importância da busca ativa dos pacientes coinfectados HIV/HCV com objetivo de direcioná-los para o início precoce do tratamento, visto que atingir a RVS resulta em redução da morbimortalidade relacionadas à doença hepática. No presente estudo a taxa de RVS foi inferior ao da literatura mundial e nacional, tendo que se levar em conta o número de pacientes em que foi possível fazer essa avaliação, já que o estudo se encontra em andamento.

Palavras-chave

Coinfecção; HCV; HIV; DAA; RVS

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal do Rio Grande - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Tchurle Hoffmann, Deise Machado dos Santos, Mariana Penteado Borges, Lara Carolina Peixoto Quiche, Luiz Felipe Silveira Gehres