15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

MENINGITE: UMA ANÁLISE DA OCORRÊNCIA E MORTALIDADE DA DOENÇA DE ACORDO COM AS FAIXAS ETÁRIAS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução: A meningite é uma doença inflamatória das meninges, os tecidos que envolvem o cérebro e a medula espinhal, e é definida por um número anormal de glóbulos brancos no líquido cefalorraquidiano (LCR). A tríade clássica da meningite é constituída de febre, rigidez da nuca e alteração do estado mental. É uma doença de notificação compulsória, está entre as 10 causas infecciosas mais comuns de morte e é responsável por aproximadamente 135.000 mortes em todo o mundo a cada ano. Sequelas neurológicas são comuns entre os sobreviventes.

Objetivos

Objetivos: O objetivo desse estudo é analisar a ocorrência de meningite de 2008 até 2018 entre as faixas etárias e relacioná-las com os óbitos.

Delineamento e Métodos

Delineamento e Métodos: Estudo descritivo transversal com base na abordagem quantitativa da ocorrência de meningite no estado Rio Grande do Sul de 2008 a 2018 entre as faixas etárias <1 ano, 1-4, 5-9, 10-14, 15-19, 20-39, 40-59, 60-64, 65-69, 70-74, 75-79 e >80 anos e relacioná-las com os óbitos em cada faixa etária. Foram coletados dados do DATASUS.

Resultados

Resultados: Os dados demonstram que a ocorrência de meningite entre as faixas etárias 0-9 anos é de 40,8% e entre 20-59 anos é 38,7%, enquanto a ocorrência da doença nos maiores de 60 anos é de 8,7%. Já os óbitos nas idades mais avançadas de mais de 60 anos é de 23%, enquanto nas crianças menores de 9 anos e adultos de 20-59 anos a mortalidade é de 8,2%.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: Os resultados demonstraram maior frequência da doença em crianças menores de 9 anos e adultos entre 20-59 anos. Esse resultado nas crianças pode ser explicado pela imaturidade do sistema imune e associada a outras doenças infecto-contagiosas, como otite e rinossinusite. Já nos adultos de 20-59 anos pode estar associada a fatores de risco predisponentes, como trauma cranioencefálico ou infecção recente, uso de drogas injetáveis ou estado imunocomprometido, necessitando de mais estudos específicos para comprovar essa teoria. Como foi observado, a mortalidade é maior nos adultos maiores de 60 anos que pode estar relacionada com associação com outras doenças de base, que constroem um estado de saúde deficiente, contribuindo para a gravidade da doença e levando ao óbito.

Palavras-chave

Meningite, Epidemiologia, Óbito.

Área

Clínica Médica

Autores

Laura Ribeiro Teixeira, Camila Caldeira Simões, Karoline Kuczynski, João Octávio Celante da Silva, Luis Eugênio de Medeiros Costa