15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Análise do vírus influenza entre 2014 e 2018 no Brasil

Fundamentação/Introdução

O vírus influenza foi responsável por uma pandemia em 2009, com 44.000 casos confirmados e mais de 2.000 mortes. No Brasil, em 2016, uma epidemia também causada pelo vírus influenza afetou 6.000 e vitimou 1.200 brasileiros. Frente a tais dados, é imprescindível que a vacinação seja realizada e, para sua eficácia, é importante conhecer o perfil epidemiológico desse vírus.

Objetivos

Analisar o subtipo de vírus influenza prevalente nos casos de síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave (SRAG), bem como os óbitos decorrentes desta, entre 2014 e 2018 no Brasil. Ademais, verificar as regiões mais acometidas e a taxa de mortalidade devido à influenza no período citado.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal, realizado com base em dados secundários obtidos através de boletins epidemiológicos sobre influenza fornecidos pela Coordenação-Geral de Doenças Transmissíveis da Secretária de Vigilância em Saúde entre os anos de 2014 e 2018.

Resultados

Em 2014, 2015 e 2017, a influenza A (H3N2) foi responsável por 60,3%, 50,4% e 59,7% das ocorrências por síndrome gripal, respectivamente, assim como por 58,1%, 55% e 62%, dos casos de SRAG no mesmo período. Já em 2016 e 2018, a predominância dos eventos de síndrome gripal foi da influenza A (H1N1)pdm09, com 62,5% e 38,4%, respectivamente, da mesma forma que causou 87,3% e 57,4% dos casos de SRAG. Tanto a região Sul quanto Sudeste foram os locais mais afetados pela síndrome viral, enquanto a SRAG prevaleceu na região Sudeste. Esses dois tipos de influenza também foram causas da maioria dos óbitos decorrentes de SRAG: em 2014, 2016 e 2018, a influenza A (H1N1)pdm09 atingiu 50%; 89,5% e 66,4% dos casos respectivamente; e em 2015 e 2017, a influenza A (H3N2) predominou, com 42,9% e 56% das ocorrências respectivamente. Em todos os anos, a cidade de São Paulo teve o maior número de óbitos. Além disso, a taxa de mortalidade por influenza no Brasil foi 0,16; 0,09; 1,07; 0,24 e 0,66/100.000, respectivamente aos anos citados.

Conclusões/Considerações finais

Embora existam vários subtipos de influenza A conhecidos, os que mais prevaleceram no território brasileiro foram a influenza A (H3N2) e (H1N1)pdm09. Ressalta-se também as grandes variações na taxa de mortalidade, apresentando um novo aumento em 2018, bem como o alto acometimento da cidade de São Paulo. Assim, nota-se o quão importante é a vacinação, visto que é uma medida simples, mas eficaz, contra uma doença que pode ser mortal.

Palavras-chave

Influenza humana, epidemiologia, mortalidade.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Católica de Pelotas - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Amanda Lima Aldrighi, Camila Furtado Hood, Alan Augusto Patzlaff, Anna Caroline de Tunes Silva Azevedo, Letícia Oliveira de Menezes