Dados do Trabalho
Título
Dermatoses Psicossomáticas e a qualidade de vida de estudantes da área da saúde.
Fundamentação/Introdução
A pele é o maior órgão e o mais aparente do corpo humano, ela conecta as pessoas com o mundo, com isso pacientes com queixas dermatológicas, principalmente os com dermatoses psicossomáticas (DP), apresentam um impacto na qualidade de vida sendo influenciados pelos estigmas causados pela aparência das lesões na pele.
Objetivos
Comparar a frequência de dermatoses psicossomáticas (DP) com a qualidade de vida (QV) de estudantes universitários da área de saúde.
Delineamento e Métodos
Estudo analítico,transversal e quantitativo. Foram aplicados dois questionários online para estudantes da área da saúde : WHOQOL-bref para avaliar a QV e outro elaborado pelos pesquisadores para analisar a presença de 8 psicodermatose (onicofagia, tirar cutícula, morder lábios ou bochechas, tricotilomania, escoriações, prurido psicogênico, automutilação, dermatite emocional e ilusão de parasitoses).
Resultados
Participaram 619 estudantes, sendo que entre eles, apenas 4 relataram não ter nenhuma DP. A DP mais frequente foi a escoriação (89,01%), seguida da retirada de cutícula, mordida em lábios e bochechas (77,54%) e prurido psicogênico (60,42 %), sendo a automutilação a com menor frequência (9,69%). Avaliando apenas a QV dos estudantes, ela foi considerada boa em 92,73% no domínio físico, 95,79% no meio ambiente, 88,58% no psicológico e 88,01% nas relações sociais. Analisando a QV com com as DP, tivemos um pior resultado no domínio psicológico com a automutilação com 26,6%, seguido do domínio de relações sociais com 20% e no físico com 18,33% também com a automutilação. Tivemos um melhor resultado na QV em estudantes com onicofagia no domínio do meio ambiente (4,04%). Na literatura está evidenciado que as doenças de pele, apesar de não serem tão debilitantes provocam um impacto na vida do paciente semelhante a doenças como asma e epilepsia, tendo potencial para conduzir à depressão e à ansiedade, afetando funções psicológicas e sociais aos paciente. Isso acaba gerando uma problematização para o paciente, que acaba contribuindo ainda mais para o aumento de seus sintomas dermatológicos e a piora da sua qualidade de vida gerando um ciclo vicioso.
Conclusões/Considerações finais
Apesar de serem encontradas com frequência, não tiveram tanta relação com a má qualidade de vida. As DP acabam afetando diretamente o estado emocional, as relações sociais, as atividades cotidianas dos pacientes por principalmente prejudicarem a autoimagem do paciente.
Palavras-chave
dermatoses; psicodermatologia; qualidade de vida
Área
Clínica Médica
Instituições
faculdades pequeno principe - Paraná - Brasil
Autores
virgilio frota rossato, Maria Elisa Meneguetti, Alaiana aparecida soares, Mayara Schulze Cosechen Rosvailer