15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ABORDAGEM DE PLASMOCITOMA E COMPLICAÇÕES SECUNDÁRIAS: RELATO DE CASO E SEGUIMENTO NO SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE DO EXTREMO NORTE

Introdução/Fundamentos

O plasmocitoma solitário é uma doença de conformação neoplásica que acomete os linfócitos B. A maior característica distintiva de sua contraparte maligna, o mieloma múltiplo, é o fato de que o plasmocitoma não impõe manifestações sistêmicas ao indivíduo, compondo assim uma apresentação localizada, denominada conforme a localização em extramedular ou ósseo. Como toda intervenção médica, a terapia antineoplásica apresenta riscos de complicações subsequentes, sejam elas reversíveis ou não.

Objetivos

Descrever a abordagem e evolução da doença na realidade em que esta foi inserida.

Caso

Paciente C.S.B, 77 anos, casada, 6 filhos, aposentada, evangélica, natural de Belém/Pará. Paciente carrega queixa de dor em quadril e coxa direitos desde meados de agosto de 2014, após buscar atendimento em várias especialidades, sem sucesso resolutivo, foi referenciada para fisioterapia a partir de atendimento ortopédico. Contudo, houve intensificação da dor durante os exercícios fisioterápicos, a ponto que se fez necessário o uso de opióides.
Posterior raio-x de fêmures direito e esquerdo revelaram lesão osteolítica em terço proximal de fêmur direito, sendo referenciada por sua geriatra ao serviço de oncologia para investigação.
Na biópsia realizada em agosto de 2015 foi revelado, através de laudo histopatológico, grande quantidade de plasmócitos, possivelmente compatível com mieloma múltiplo ou plasmocitoma. Estudo imunohistoquímico confirma achados morfológicos concordantes com o diagnóstico.
Foi referenciada à oncologia hematológica para acompanhamento da radioterapia, iniciadas e finalizadas em novembro de 2015, em Manaus, através de tratamento fora de domicílio.
Como as dores não cessaram após radioterapia, paciente continuou buscando alternativas, sendo recomendada a colocação de placa de fixação interna, dado que a cortical externa da paciente já fora prejudicada.
O procedimento foi feito em março de 2017, havendo drenagem de secreção purulenta, que evidenciou Staphylococcus aureus resistente à penicilina e ampicilina. Houve ocorrência de Delirium pós-operatório durante estadia em Centro de Terapia Intensiva.
Piora dentro de 18 dias após alta, evidenciou osteomielite, desencadeando nova internação em abril de 2017, em regime de 6 semanas para antibioticoterapia.

Conclusões/Considerações finais

O alto índice de suspeição pode propiciar diagnóstico precoce e evitar complicações secundárias à evolução da patologia e suas medidas corretivas.

Palavras-chave

Mieloma; Oncologia; Clínica Médica; Saúde Pública; Plasmocitoma;

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal de Roraima - Roraima - Brasil

Autores

Pablo André Brito de Souza, Ana Cássia Silva Oliveira, Larissa Soares Cardoso, Kim Tavares Mesquita, Gabriel Melo Alexandre Silva