15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO: ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA EM PACIENTE TRANSPLANTADO RENAL

Introdução/Fundamentos

Encefalopatia hipertensiva é uma condição clínica grave e caracteriza-se por uma elevação acentuada da pressão arterial de forma aguda acarretando lesões de órgãos alvos. O quadro clínico evidencia encefalopatia por mudanças no padrão visual, alteração de consciência, confusão mental, vômitos, cefaleia, déficit motores.

Objetivos

Relatar o quadro clínico e manejo de um caso de encefalopatia hipertensiva apresentada em um paciente renal crônico em uma Unidade de Pronto Atendimento.

Caso

Paciente feminina, 26 anos, chega até a unidade de emergência por redução de acuidade visual, sonolência, perda de consciência, náuseas e cefaleia. Histórico de transplante renal há 14 anos, hipertensão arterial maligna secundária, atualmente em investigação de rejeição do enxerto. Em uso de Furosemida, Anlodipino, Metoprolol, Prednisona, Tacrolimus e Bicarbonato de sódio. Ao exame físico, Glasgow 12, pressão arterial 253x163mmHg, frequência cardíaca 96bpm, frequência respiratória 22rpm, saturação de O² 99% em ar ambiente. Evolui rapidamente com amaurose e piora do estado geral, sendo iniciado Nitroprussiato 25mg IV. Apresentou laboratoriais com valores de: Creatina 5,7mg/dL, Ureia 135mg/dl, gasometria com acidose metabólica, Potássio 4,7mmol/l, Sódio 135mmol/l, Hemograma sem alterações, EQU com hemoglobina +, glicose +, hemácia de 6/campo. Após 30 minutos do início do Nitroprussiato paciente persiste com pressão sistólica (PAS) variando entre 193 a 201 mmHg e diastólica (PAD) entre 123 a 125mmHg, iniciando quadro de vômito, então foi administrada Clonidina 0,150mg/ml, Dipirona 1g e Metoclopramida 5mg/ml. Após 3 horas paciente apresentou crise convulsiva tônico-clônica generalizada de 4 minutos, sendo administrado uma ampola de Diazepan, mantendo-se estável pós crise. Após 12 horas de manejo, paciente apresentou melhora gradual do estado geral, manteve valores de PAS 141-199mmHg e PAD 88-127mmHg, sem novas crises convulsivas, recuperou acuidade visual, mantendo-se sonolenta e foi encaminhada para Unidade de Terapia Intensiva hospitalar para seguir acompanhamento.

Conclusões/Considerações finais

A encefalopatia hipertensiva, por ser um quadro clínico grave, deve-se ser avaliado como um caso de emergência e assim manejado com drogas IV em um menor tempos possível para evitar complicações severas e consequente óbito. Ademais, reconhecer e tratar a doença de base é crucial para um desfecho positivo do caso

Palavras-chave

Encefalopatia, hipertensão, pressão arterial.

Área

Clínica Médica

Autores

luana kremer, Larissa Isabela lunkes, Julia de Mello Affonso, edisom paula brum