15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO – ESTUDO DA REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM CURITIBA-PR PELA VISÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.

Introdução/Fundamentos

Toda Unidade Básica de Saúde (UBS) deve estar preparada para atendimentos potencialmente ameaçadores de vida. Toda a equipe deve estar pronta para diagnosticar, estratificar e conduzir casos de Urgência e Emergência. Para isso, todos devem ter conhecimento pleno das rede de atendimento de seu município ou área de abrangência.

Objetivos

Relatar o percurso de uma paciente com colecistite aguda atendida em uma UBS, discutindo o papel da Atenção Primária à Saúde (APS) na condução do cuidado em casos de urgência e emergência.

Caso

Paciente do sexo feminino, 31 anos, sem comorbidades, chega à UBS com queixa de dor em hipocôndrio direito de forte intensidade há 5 dias, associada a febre, náuseas, vômitos e hiporexia. Relata atendimento em 3 Unidades de Pronto Atendimento nos últimos dias, sendo realizado analgesia e Ultrassonografia (USG) abdominal que demonstrava colecistopatia calculosa. Ao exame físico a paciente encontrava-se em regular estado geral, posição antálgica, anictérica, abdome distendido, timpânico, ruídos hidroaéreos pouco audíveis, sinal de Murphy positivo. O diagnóstico proposto foi de abdome agudo, com fortalecimento da hipótese de colecistite aguda através dos dados semiológicos e USG realizado previamente. Realizou-se analgesia endovenosa imediata e, via 192, foi solicitado vaga em leito cirúrgico para transferência de cuidado e tratamento definitivo do quadro, sem sucesso. Posteriormente, através do sistema E-saúde, via Central de Leitos Metropolitana (CLM), foi solicitada novamente a vaga. Após cerca de 90 minutos, a regulação entrou em contato com a equipe informando disponibilidade de vaga em hospital terciário. Em menos de 24 horas a paciente, foi diagnosticada com colecistite aguda, transferida ao serviço terciário e operada para resolução do quadro. Percebeu-se que o conhecimento do médico da UBS sobre a rede de atenção e condução dos casos de urgência e emergência possibilitou a inclusão da paciente na CLM, atitude que foi fundamental para o desfecho do caso.

Conclusões/Considerações finais

É fundamental que a equipe de APS, não apenas o médico, esteja ciente dos materiais disponíveis na UBS para suporte básico de vida, além de conhecimento teórico e técnico para diagnosticar situações potencialmente ameaçadoras de vida, estratificar o risco do paciente e avaliar necessidade de transferência. Além disso, é imprescindível que a equipe tenha conhecimento dos serviços de referência previamente pactuados e os meios de se chegar até estes.

Palavras-chave

Atenção Primária à Saúde; Colecistite aguda; Redes de Atenção; Atendimento de Urgência;

Área

Clínica Médica

Autores

Fernanda Pombo Rodriguez, Jessica Belei Martins, Leonardo Campos Teixeira, Marcelo Tsuyoshi Yamane, Vinicius Klettenberg Machado