15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

APENDICITE AGUDA COMPLICADA: RELATO DE DOIS CASOS

Introdução/Fundamentos

A apendicite aguda é causa mais comum de abdome agudo cirúrgico em crianças e depende do quadro clínico e exame físico para seu diagnóstico. A avaliação clínica criteriosa é o que promove o diagnóstico e tratamento precoces.

Objetivos

Ressaltar a importância do diagnóstico precoce da apendicite aguda e suas implicações.

Caso

EHH, 11 anos, diagnosticado com apendicite aguda após três avaliações no pronto-socorro. Submetido a apendicectomia aberta, drenagem de 900 ml de pús e posicionamento de dreno junto ao ceco. Permaneceu na UTI pediátrica no pós-operatório, necessitando de nutrição parenteral total (NPT) e antibioticoterapia EV. Evoluiu no 4° dia com choque séptico e derrame pleural esquerdo, sendo submetido a drenagem pleural e no 13° dia apresentou fístula estercoral necessitando direcionamento cirúrgico da fístula com alocação de dois drenos. Após um mês e onze dias recebeu alta hospitalar com dieta de alta absorção. Sete dias após, os drenos foram retirados e foi iniciado os curativos da ferida operatória (FO). Três meses após, foi reaproximado os bordos da lesão, o que viabilizou a alta ambulatorial.
LHD, 11 anos, compareceu 3 vezes ao pronto-socorro com dor abdominal, febre e inapetência. Seis dias após o início dos sintomas retornou queixando-se de dor, hiperemia e edema de bolsa testicular direita. O ultrassom mostrou coleção em bolsa escrotal direita e comprovou apendicite aguda supurada. Realizado apendicectomia aberta, drenagem de pús e posicionamento de dreno Túbulo-laminar junto ao ceco. Explorado a bolsa testicular direita e alocados 2 drenos. Permaneceu internado em UTI pediátrica no pós-operatório com antibiótico EV e NPT. No 7º dia iniciou com febre e piora clínica, sendo submetido a drenagem de abscesso de parede abdominal e escrotal. No 9º dia apresentou fístula estercoral pela FO que foi rafiada em 2 planos e fixada junto a parede abdominal direita. Paciente manteve-se internado por mais 14 dias recebendo alta hospitalar sem dreno e retornou 4 dias após, com abscesso intra-abdominal, permanecendo por mais 14 dias internado para antibioticoterapia EV. Recebeu alta ambulatorial após 2 meses da internação.

Conclusões/Considerações finais

Mesmo com a evolução dos meios diagnósticos de imagens, percebe-se que a clínica é crucial para diagnóstico precoce de apendicite aguda. Dessa forma, evita-se exame de alto custo e promove-se diagnóstico precoce com redução das complicações pós-operatórias.

Palavras-chave

apendicite aguda, fístula e abcesso

Área

Clínica Médica

Autores

Andressa Saorim, Cristina Reuter, Fernanda Amorim Steingraber, Gabriela Yuri Stinghen, Giulia Giacomini, Maitê Correia Jacobsen