15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

RISCO CARDIOVASCULAR EM GRUPO DE DIABÉTICOS DE ESF DE BLUMENAU, SANTA CATARINA, SEGUNDO SOFTWARE RISK ENGINE DO ESTUDO UKPDS

Fundamentação/Introdução

A incidência de doença arterial coronariana e cerebrovascular é maior e mais precoce nos indivíduos com Diabetes Mellitus tipo II. A avaliação do risco cardiovascular permite o desenvolvimento de ações preventivas e o estabelecimento do tratamento adequado para os indivíduos pertencentes aos grupos de risco.

Objetivos

O estudo teve como objetivo avaliar o risco de eventos cardiovasculares e cerebrovasculares em pacientes diagnosticados com Diabetes Mellitus tipo II em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Blumenau.

Delineamento e Métodos

Realizou-se um estudo transversal de 54 pacientes diagnosticados com Diabetes Mellitus tipo 2 no ano de 2018. As variáveis utilizadas foram idade, sexo, etnia, tempo de diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo II, tabagismo, pressão sistólica e resultados laboratoriais de hemoglobina glicada, colesterol total e HDL. Para calcular os riscos utilizou-se a ferramenta Risk Engine v2.0, do United Kingdon Prospective Diabetes Study (UKPDS). A calculadora do UKPDS classifica os resultados em graus de risco, sendo baixo risco quando a chance do evento é menor do que 15% nos próximos 10 anos, risco intermediário quando for de 15% a 30% e alto risco quando a chance for maior do que 30%.

Resultados

Dentre os 54 participantes do estudo, no que concerne evento cardíaco coronariano, o risco médio para os próximos 10 anos foi de 17,70%, com um diferencial de 46,30% (25) com baixo risco, 37,04% (20) com risco intermediário e 14,81% (8) alto risco. O risco de evento cardíaco fatal nos próximos 10 anos foi de 12,86%, composto por 68,52% (37) pacientes com risco baixo, 24,07% (13) com risco intermediário e 7,41% (4) com alto risco. No âmbito de acidente vascular cerebral (AVC), o risco médio calculado foi de 13,45%, sendo que 61,11% (33) dos pacientes tiveram baixo risco, 29,63% (16) risco intermediário e 9,30% (5) tinham alto risco. Por último, o risco de AVC fatal calculado foi de 1,86% nos próximos 10 anos, todos os pacientes apresentando baixo risco.

Conclusões/Considerações finais

A avaliação de risco cardiovascular e de eventos cerebrovasculares é uma ferramenta importante para o médico clínico geral, auxiliando no esclarecimento desses dados para os pacientes e na conscientização destes de maneira bastante objetiva, aumentando a adesão aos tratamentos propostos pelos médicos. Com este estudo, pudemos estabelecer metas junto aos pacientes para diminuir o risco dos eventos citados.

Palavras-chave

Risco cardiovascular; Diabetes Mellitus; Prevenção de saúde.

Área

Clínica Médica

Instituições

FURB - Santa Catarina - Brasil

Autores

Larissa Oliveira, Bárbara Luísa Oliveira, Guilherme Voltolini Staedele, Miria Effting