15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

TRATAMENTO ENDOVASCULAR PARA OS ANEURISMAS CEREBRAIS ROTOS: UM DESAFIO

Fundamentação/Introdução

Introdução/Fundamentos: Aneurismas intracranianos ocorrem em 1 a 2% da população, normalmente em lugar de bifurcação dos vasos sanguíneos, onde sofrem maior pressão hemodinâmica, consequentemente enfraquecendo da parede arterial. O risco de ruptura do aneurisma em 1 ano é de aproximadamente 2%, e de 3 a 4% em 5 anos, causando hemorragia subaracnóidea, evento de elevada letalidade.

Objetivos

Objetivos: Avaliar o perfil e a eficácia do tratamento de pacientes vítimas de aneurismas cerebrais rotos, por métodos endovasculares.

Delineamento e Métodos

Delineamento/Métodos: Análise retrospectiva de 662 casos de aneurismas rotos submetidos à tratamento endovascular entre 2005 e 2018. As variáveis analisadas foram sexo, idade, comorbidades, classificação de Hunt-Hess e Fisher, topografia da lesão, classificação do aneurisma, método de tratamento, sucesso cirúrgico e complicações.

Resultados

Resultados: Foram analisados 662 casos, sendo 70,24% do sexo feminino e 29,76% do sexo masculino, com média de idade de 52,74 anos. Quanto a comorbidades, 46,37% eram hipertensos, 32,33% eram tabagistas, 11,48% eram dislipidêmicos e 4,68% diabéticos. Quanto a classificação do grau clínico de Hunt-Hess, 10,42% eram Hunt-Hess I, 50,76% eram Hunt-Hess II, 23,56% eram Hunt-Hess III, 12,24% eram Hunt-Hess IV e 3,02% eram Hunt-Hess V. Quanto a classificação de Fisher, 42,75% eram Fisher IV, 26,89% eram Fisher III, 24,32% eram Fisher II e 6,04% eram Fisher I. Quanto às principais localizações, apresentaram-se em ordem decrescente 21,90% casos na Artéria Comunicante Anterior, 20,24% na Artéria Comunicante Posterior, 12,69% na Artéria Cerebral Média, 6,95% em diferentes segmentos da Artéria Carótida Interna, 4,68% na Artéria Cerebral Anterior e 4,38% na Artéria Basilar. Quanto ao tamanho dos aneurismas, 78,40% eram pequenos (<10mm), 16,77% eram grandes (<25mm) e 4,98% eram gigantes (≥25mm) e, quanto ao tipo, 95,17% eram saculares. Quanto ao método utilizado, 89,42% foram tratados somente com coils, 5,29% foram tratados com associação de stent e coils, 3,02% foram tratados somente com stent e 0,45% foram tratados com diversor de fluxo. A taxa de morbimortalidade ficou em 15% principalmente relacionadas ao vasoespasmo, hidrocefalia, infecções.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: Os aneurismas cerebrais rotos, constituem uma urgência médica. Quanto mais rápido for realizado o tratamento melhor será o resultado. Com o advento do tratamento endovascular temos conseguido diminuir a morbimortalidade de forma significativa nestes pacientes.

Palavras-chave

Aneurisma cerebral roto, endovascular

Área

Clínica Médica

Instituições

FURB - Santa Catarina - Brasil

Autores

Guilherme Voltolini Staedele, Leandro José Haas, Willian Rafael Berticelli, Caio Gabriel Jeronymo Lima Brasileiro, Vitor Dias de Almeida