15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

SÍFILIS CONGÊNITA: ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DA DOENÇA COM BASE NA ADESÃO DO TRATAMENTO DOS PARCEIROS NO PERÍODO DE 2008-2017.

Fundamentação/Introdução

Introdução/Fundamentos: A sífilis é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum, caracterizada por episódios de doença ativa, interrompidos por períodos de latência. Ocorre também transmissão vertical, sendo da mãe para o feto através da placenta em qualquer estágio da gravidez. Em proporções globais, estima-se que o número de novas infecções é de 11 milhões/ano. Ademais, calcula-se que haja 1,4 milhão de casos entre gestantes, com 500 mil desfechos adversos da gestação, como ocorrência de natimortos, morte neonatal e fetal precoce, prematuridade, baixo peso ao nascer, deficiência mental e infecções. O diagnóstico é através de testes sorológicos, sendo rotina no pré-natal. O tratamento consiste na antibioticoterapia para a gestante, com o objetivo de impedir a transmissão mãe-feto, para o parceiro, a fim de impedir a reinfecção e para o recém-nascido de mães e pais não tratados.

Objetivos

Objetivos: O objetivo desse estudo consiste em analisar a ocorrência da sífilis congênita baseado na adesão ao tratamento dos parceiros no período de 2008-2017.

Delineamento e Métodos

Delineamento/Métodos: Estudo descritivo transversal com base na abordagem quantitativa da frequência de internações por sífilis congênita ocorridas no Rio Grande do Sul (RS), de janeiro de 2008 a dezembro de 2017. Foram coletados do sistema DATASUS.

Resultados

Resultados: Os dados demonstraram um aumento crescente da ocorrência de sífilis congênita comparado ao tratamento dos parceiros, sendo maior em não tratados do que em tratados. Os dados entre 2008 a 2011 oscilaram, e após teve uma ocorrência de 397 em 2012, atingindo 1.067 em 2017 em parceiros não tratados e ocorrência de 163 em 2012 e 708 em 2017 em parceiros tratados.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: Os resultados revelaram um aumento da ocorrência da sífilis congênita de acordo com o número de parceiros não tratados. Acredita-se que isso se deve à negligência em aderir ao tratamento, tendo como consequência a reinfecção das gestantes por continuarem tendo relações sexuais sem preservativos. Para reduzir a infecção da sífilis na criança, é necessário realizar o controle da doença a fim de cessar a transmissão vertical, através de consultas de pré-natal com ênfase em sorologias para a sífilis direcionadas aos parceiros e campanhas sobre a importância do uso de preservativo.

Palavras-chave

Sífilis Congênita, Tratamento, Parceiros

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Católica de Pelotas - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Camila Caldeira Simões, Karoline Kuczynski, Laura Ribeiro Teixeira, Victória Haffele Bandeira Fickel, Luís Eugênio de Medeiros Costa