15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

PERFIL DOS PACIENTES INTERNADOS POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CRÔNICA DESCOMPENSADA NA CIDADE DE MARABÁ, PARÁ

Fundamentação/Introdução

A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome prevalente de grande impacto no orçamento da saúde pública. Apesar do protagonismo da IC na cardiologia, ainda são escassos levantamentos que retratem as peculiaridades epidemiológicas.

Objetivos

Descrever o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com IC descompensada internados em um hospital público da cidade de Marabá (PA), além dos principais fármacos utilizados no manejo terapêutico.

Delineamento e Métodos

Estudo com caráter transversal, retrospectivo, quantitativo e descritivo, de natureza exploratória utilizando dados secundários por meio da análise de prontuários médicos.

Resultados

Foram encontrados 212 casos de IC descompensada entre os anos de 2017 a 2018. No rol de pacientes predominaram idosos do sexo masculino com percentual de 57,53% e 64,03% dos casos, com média de idades de 65,02 e 65,27 anos em 2017 e 2018, respectivamente. As mulheres representam 38,2% do total e tinham idades médias de 68,76 a 68,96 anos. Dentre as comorbidades crônicas figuraram: hipertensão arterial sistêmica (71,7%), diabetes mellitus (37,73%), doença pulmonar obstrutiva crônica (21,7%), tabagismo (21,22%), doença arterial coronariana (17,45%) e doença renal crônica (14,62%). Razões da internação: dispneia (90%), edema de membros inferiores (50%), crepitações pulmonares (45,71%), ortopnéia (34,9%), anasarca (33,96%), dor torácica (32%) e tosse (29,24%). A cardiomegalia foi reconhecida em 22,7% dos casos. A Febre estava presente em 20,9% dos indivíduos. Dentre os agravos, prevaleceram edema agudo de pulmão (25,47%) e Infarto Agudo do Miocárdio (10,38%). Prescrições terapêuticas: Carvedilol, Furosemida e Captopril. Digitálicos são utilizados em 66,5% dos pacientes. O Ácido Acetilsalicílico, os Anticoagulantes e a Espironolactona tiveram uso de 66,98%, 65,56%, de 75,47%, respectivamente. O tempo de internação apresentou média de 7,29 dias. A alta da maioria internada deveu-se à melhora clínica, 89,7%. A taxa de óbitos girou em torno de 8,0%.

Conclusões/Considerações finais

Paciente idoso, diabético, hipertenso, com histórico de tabagismo, que chega ao hospital queixando-se de dispneia, edema, tosse e dor torácica definem o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com IC Descompensada no município de Marabá. Foi observado que a maioria dos pacientes recebeu a terapêutica padrão preconizada pela III Diretriz Brasileira de IC, o que foi corroborado com a baixa taxa de óbitos.

Palavras-chave

Insuficiência Cardíaca Descompensada – Epidemiologia – Perfil clínico.

Área

Clínica Médica

Autores

Bruno Salgado, Ana Sabrina Fernandes, Iago Terceiro, Ana Paula Franco